segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dicas para ajudar a entender e atender o novo público feminino

Escrito por Elaine Medeiros   

Durante o primeiro fórum do projeto Tempo de Mulher, ocorrido no último dia 9, Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, aproveitou para falar sobre o papel da mulher na nova classe média brasileira e os desafios que ela, como empresária, enfrenta para desenvolver uma boa gestão de pessoas. “Hoje quem manda no mundo é quem detém o conhecimento e faz acontecer. Isso influencia também na forma como se administra os negócios, ao ponto de aumentar o nível de consciência  e até mesmo de sustentabilidade”, explica Luiza.
Diante dessa nova postura, a empresária esclarece que as empresas são obrigadas a se posicionar inclusive diante de seus funcionários, como uma empresa mecânica, da qual os trabalhos são repetitivos e os colaboradores sabem que podem ser facilmente substituídos, ou como uma empresa orgânica, onde há poucas tarefas para serem executadas, os funcionários são valorizados e os resultados podem ser obtidos com ética.  “Decididamente está havendo uma mudança de paradigmas, no qual o consumidor exige, de forma interativa, mais ética, velocidade, qualidade e rentabilidade”, afirma.
Ela acrescenta que esse tipo de postura, por parte das empresas, independe do gênero de liderança. Em contrapartida, os colaboradores também precisam preencher um determinado perfil, se quiserem fazer parte das empresas orgânicas:
- saber trabalhar em equipe;
- ter valores e princípios pessoais;
- querer sempre ir mais longe, “pensar grande”, mas como ela mesmo destaca: “desde que o seu bolso possa acompanhar”.
Ainda dentro deste último quesito, Luiza não resiste em provocar a plateia, ao destacar o grau de percepção da mulher (já que o fórum tratava do assunto): “Com todas essas características, quem foi melhor preparada para desempenhar esses papéis? Nós mulheres, por temos emoção e estilo de mãe, com perfil empreendedor e sabedoria para trabalhar em equipe. Brincadeiras à parte, o segredo é aprender com todos, afinal a soma dos QIs, independente do sexo, é sempre melhor”.
Aproveitando a discussão, Luiza traça também um breve perfil sobre a nova classe média, alegando que ela costuma ser fiel à marca, gosta de ver demonstrações e fazer testes, participa de reuniões quando acredita e agradece, quando estão satisfeitos. A única ressalva que ela pontua é o cuidado que as empresas precisam ter para não confundir mulheres operárias com mulheres executivas. “É preciso saber diferenciar estes dois modelos. A operária pode ter dificuldades, porém consome mais. Já as executivas, continuam sendo uma minoria e por isso, este tipo de perfil precisaria ter mais espaço no mercado para ocupar inclusive cargos de mais destaque”.
De um modo ou de outro, Luiza conclui que independente do sexo dos funcionários, todos, em diferentes cargos, atendem um consumidor final. “Só um detalhe, sem querer puxar o saco para nós, 60% desses clientes finais são mulheres”. Fica a dica.

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