terça-feira, 30 de agosto de 2011

Universidade da Califórnia descreve impacto da quimioterapia sobre a fertilidade


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Estimativas actuais do impacto da quimioterapia sobre a saúde reprodutiva das mulheres são baixas, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Universidade da Califórnia, nos EUA. Os investigadores fizeram uma análise baseada na faixa etária das pacientes, observando os efeitos da quimioterapia a longo prazo, o que trouxe novas pistas que ajudarão os pacientes e os médicos a tomar decisões sobre o futuro de opções reprodutivas, como a colecta de ovos, avança o portal ISaúde.

Estudos anteriores concentraram-se principalmente na amenorreia, ou a falta da menstruação logo após o tratamento, como o efeito colateral da quimioterapia primária reprodutiva. Nesta análise, os investigadores também se concentraram em resultados específicos, classificados por idade e associados à quimioterapia, incluindo também factores como infertilidade e menopausa precoce. Eles também notaram que, quanto mais jovem a mulher for diagnosticada com cancro, mais cedo entrará na menopausa.

"Descobrimos quimioterapia diminui a capacidade reprodutiva da mulher, causando uma série de danos aos ovários, mesmo se a menstruação continuar após o tratamento", disse Mitchell Rosen, autor sénior do estudo e professor assistente da UCSF.

O estudo está disponível na versão online da revista revista Cancer.

Os investigadores utilizaram o Registo de Cancro da Califórnia, para perguntar às mulheres sobre a sua história reprodutiva, antes e após tratamento do cancro. As perguntas da pesquisa foram dirigidas à falência ovariana aguda (cessação da menstruação após o tratamento), menopausa precoce (menopausa antes dos 45 anos de idade) e infertilidade.

Entre os principais resultados estão:
Em mulheres sem falência ovariana aguda, a incidência de infertilidade aumentou significativamente com a idade a partir do momento do diagnóstico. Por exemplo, a proporção de mulheres inférteis com doença de Hodgkin foi de 18 % em mulheres com 20 anos e de 57% em mulheres com 35 anos de idade.

O estudo também mostrou que quanto mais novas as mulheres receberam o diagnóstico de cancro, mais cedo chegaram à menopausa.

Rosen disse que mais pesquisas são necessárias, uma vez que o estudo retrospectivo não inclui as características como hereditariedade ou variações individuais no tratamento do cancro.

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