segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mulheres marcham contra violência


Mulheres de todas as cores, idades, biotipos, profissões, orientações sexuais. Umas vestidas casualmente ou somente de calcinha e sutiã, armadas de bandeiras e, principalmente, de ideais. Elas formaram a massa que marchou ao lado de muitos homens, pedindo pelo fim da violência na manhã de ontem.

A Marcha das Vadias saiu da escadinha da Estação das Docas rumo à Praça da República e deu o seu recado: mobilizou quase mil pessoas que gritaram e protestaram contra o machismo. “Temos que acabar com essa ideia estúpida de que as mulheres que são estupradas sofreram a violência por se vestirem como vadias. É uma culpabilização que deve ser combatida para não gerar mais violência”, defendeu a estudante de educação física Anne Borges, uma das coordenadoras da marcha e militante do movimento Mulheres em Luta.

Fazendo ressoar rimas como “a nossa luta é todo dia, mulher não é mercadoria”, a marcha seguiu agregando simpatizantes. A fisioterapeuta Manuela Nobre, 29, resolveu aderir. “Temos que ser respeitadas”, afirmou.

Desfilando com um cartaz que trazia o desenho de uma vagina com um “X”, José Abelha, 50, se dizia honrado por marchar por uma causa tão importante. “Tenho um casal de filhos e busco repassar bons valores a eles, como mostrar que homens e mulheres são iguais”.

O QUE É A MARCHA

A Marcha das Vadias vem sendo realizada no mundo todo desde que um grupo de mulheres foi às ruas deToronto protestar contra a declaração de um policial o qual afirmou que se as mulheres não se vestissem como prostitutas, não seriam estupradas.
(Diário do Pará)

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