terça-feira, 30 de agosto de 2011

MULHERES, NÓS PODEMOS!
destaknovalondrina.
A Luta da mulher na construção de uma nova sociedade, com o reconhecimento do seu papel e dignidade, surgiu há séculos: temos como registro histórico, um fato acontecido há 154 anos (8 de março de 1857), quando 129 operárias têxteis uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve e ocuparam a empresa, reivindicando a redução de uma carga horária de mais de 18 horas diárias, pela qual recebiam menos de 1/3 do salário dos homens. Elas reivindicaram redução para 10 horas diárias, melhores salários e melhoria nas condições de trabalho. Durante a ocupação aconteceu um incêndio e as mulheres morreram queimadas no interior da fábrica. Em homenagem àquelas operárias mortas, a ONU reconheceu o dia 8 de março como “Dia Internacional da Mulher”, no ano de 1975.
No Brasil, a trajetória da luta da mulher começou com Ana Pimentel, esposa de Martim Afonso de Souza, que governou o Brasil como sua procuradora quando o mesmo viajou para a Índia. Suas ações trouxeram para a Capitania de São Vicente, um desenvolvimento bem maior que as outras Capitanias, pois Ana Pimentel introduziu o cultivo da laranja para combater o escorbuto, doença que assolava a região, doou terras e foi pioneira na criação de gado e no plantio de trigo e arroz, provando a competência da mulher enquanto administradora.
Ana Neri em 1865 com 50 anos foi para a Guerra do Paraguai como enfermeira voluntária. A catarinense Anita Garibaldi teve papel de destaque na Guerra dos Farrapos, quando, ao lado se seu marido Giuseppe Garibaldi, aliou-se aos guerrilheiros para combater o Governo Imperial.
Tivemos muitos destaques com a presença feminina: Chica da Silva, que como escrava contrariava os padrões de sua época, pois sabia ler e escrever, e com isso conquistou sua libertação; Chiquinha Gonzaga na música, Clarice Lispector como escritora, Cora Coralina, poeta Goiana, que tinha apenas o primário e publicou seu primeiro livro aos 77 anos. Tarsila do Amaral como pintora. Margarida Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, que lutou pela defesa dos direitos dos trabalhadores rurais.
Hoje temos várias mulheres ocupando cargos com poder de decisão tanto nas empresas, quanto na política em todo o mundo. Mas, ainda temos muita luta pela frente, pois o Brasil é um doas países da América Latina com menor participação feminina no Parlamento, superando apenas o Haiti.
Dessa forma, para prosseguir na construção de uma sociedade mais justa, as mulheres buscam mais espaço no cenário político, tradicionalmente ocupado pelos homens, como as câmaras municipais, as assembléias legislativas, prefeituras, governos estaduais e presidência da república, sempre com muita luta.
Refletindo sobre tantas lutas e conquistas, concluímos: “Mulheres, nós podemos!”

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