quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Acabou a história de que MMA é coisa de homem
gazetaweb.com
Quem acha que luta é coisa restritamente masculina, engana-se. A idéia machista ficou no passado, e hoje, as mulheres mostram que não apenas gostam, como entendem de artes marciais. Com o crescimento do MMA em todo o mundo, a platéia feminina também aumentou. Basta acompanhar as redes sociais em dias de lutas do UFC para perceber que muitos comentários são do público feminino.

Na grande luta entre Vitor Belfort e Anderson Silva, no UFC 126, a cantora Sandy fez muita gente se assustar ao aparecer na platéia, em Las Vegas. Logo em seguida, a cantora explicou sua presença na luta: Ela é fã de MMA.

Outra celebridade que curte o esporte é a atriz Fernanda Paes Leme, que atualmente namora o lutador de MMA, Gregor Gracie. É comum ver a atriz comentando as lutas de UFC nas madrugadas.

Em Alagoas, muitas meninas também curtem o esporte. É o caso da jornalista Maíra Malta, que iniciou sua paixão pelo MMA quando começou acompanhar o sobrinho nos campeonatos de jiu-jitsu. Com o tempo, Maíra passou a entender um pouco mais sobre as artes marciais, até que virou um vício. “Meu programa preferido das noites de sábado passou a ser ficar em casa assistindo Sensei e reprises de UFC. Depois, virei assinante do canal Combate para poder assistir tudo ao vivo, e claro, passar horas entretida”, conta.

Para ela, a mistura de artes é o que mais a fascina. “O atleta precisa conhecer todas as artes, ter um mega preparo físico e claro, se especializar em uma ou algumas delas. Adoro assistir um confronto onde um lutador domina a luta no chão, já o outro, tenta manter a luta em pé porque é muito bom no boxe, por exemplo”, afirma.

A também jornalista e praticante de jiu-jitsu, Marina Ferro, também nutre amor pelas artes marciais. Sua paixão começou há seis anos, quando ela iniciou a prática do esporte. Foi assistindo a um desafio do brasileiro Minotauro, que Marina se apaixonou pelo MMA. “Estava assistindo pela primeira vez uma luta do brasileiro Minotauro, quando ele, que estava perdendo, derrotou seu adversário usando uma finalização de jiu-jitsu (arm lock). A partir daquele dia comecei a prestar atenção no esporte e pude ver o poder do jiu-jitsu dentro do MMA. Daí, passei a assistir lutas. Hoje, não perco nenhum sábado que passa UFC. Sou assinante do Combate, e é canal "padrão" da minha casa, 24h ligado”, relata, contando ainda que a paixão pelo MMA é coisa de “família”, já que o irmão, Mair, é campeão alagoano e vice campeão do Rio Internacional Open de jiu-jitsu. “Acabou virando uma "paixão" de família, que intensifica ainda mais”, diz.

Sobre os treinamentos, Marina conta que não existe muita diferença entre homens e mulheres, ressaltando alguns cuidados mais específicos. “Nós, mulheres, treinamos dentro das nossas possibilidades de mulher, que é pouca coisa diferente dos homens. No treino de Jiu-jitsu, por exemplo, é a mesma coisa, e lutamos com homens. No muay thai também, boxe, judô, etc...não existe mais essa história de 'luta é para homem'”, ressalta Marina.

Mas tanto Marina quanto Maíra, tem algo em comum, além do gosto pelo MMA: a torcida pelos brasileiros que são destaque no esporte. “Gosto de vários atletas, mas nossos brasileiros são fantásticos! Eu admiro demais o Anderson Silva, o José Aldo, Cigano, no entanto eu torço pelo Vitor Belfot e o Rodrigo Minotauro. Minha torcida é sempre verde e amarela, mas não posso deixar de reconhecer o talento do Jon Jones”, confessa Maíra.

Elas acreditam que as pessoas precisam conhecer melhor o esporte para poder gostar, e vêem com bons olhos o crescimento do MMA. “Acho que esse crescimento é muito importante para o reconhecimento do esporte, e para que as pessoas entendam que não é apenas pancadaria, que existe sim a parte técnica e profissional”, diz Marina.

“Para ser honesta eu fico bem feliz e acho super importante esse crescimento, afinal é um esporte. E para mim o melhor de tudo é ver que o Brasil está descobrindo o MMA, nossa terra tem muitos campeões que até “ontem” eram grandes ídolos apenas fora do seu país. É bacana saber que público está descobrindo que o Brasil não é só o país do futebol”, destacou Maíra.

No próximo dia 09 de setembro, as duas meninas estarão na platéia do Coliseu Extreme Fight. O evento, que acontece no Ginásio do Sesi, levará 8 mil pessoas para assistir de perto grandes lutas como a do alagoano Thiago Jambo e do peruano Daniel La Hiena, Cassiano Tystchyo e Delson Pé de Chumbo, entre outros.

Os atletas de MMA treinam demais, passam horas por dia fazendo treino de todos os tipos de Artes Maciais, e é importante que eles sejam reconhecidos por isso, até financeiramente também. Mas, creio que hoje o esporte tomou essa dimensão pelas novas regras adotadas, que dá mais segurança física ao lutador, daí fica uma coisa mais "visível", acabou mais aquele "terror" do MMA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário