quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Enfrentamento às doenças crônicas começa na escola



Enfrentamento às doenças crônicas começa na escola

Plano de Ações Estratégicas de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis prevê medidas que melhoram a qualidade de vida de estudantes, por meio do Programa Saúde na Escola

Abusar de alimentos com baixo valor nutritivo e alto valor calórico (junk food), ser sedentários, e, até mesmo, fumar e consumir bebidas alcoólicas são atitudes típicas da adolescência, mas que terá reflexo na saúde para o resto da vida do indivíduo. Estes fatores estão associados ao desenvolvimento da maioria das doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes e câncer, que lideram as causas de óbito na vida adulta no país e no mundo.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2009 entre adolescentes de 9ª série do ensino fundamental nas 27 capitais do país, considerou que, em 2009, 43,1% dos alunos eram suficientemente ativos, mas, no entanto, 79,5% gastam mais de duas horas por dia em frente à televisão. O sobrepeso atingiu 16% e a prevalência de obesidade foi de 7,2% para o conjunto das capitais.

Os levantamentos também alertam que jovens estão entre os grupos mais vulneráveis para o tabagismo e o consumo de álcool. No Brasil, onde o consumo de álcool também é associado às mortes por causas violentas e aos acidentes de trânsito, a exposição ao álcool tem início precoce: 71% dos estudantes de 9º ano avaliados na PeNSE relataram que já haviam experimentado álcool e 27% haviam consumido bebidas alcoólicas nos trinta dias anteriores. Quase 25% desses alunos disseram que haviam se embriagado pelo menos uma vez na vida.

A coordenadora geral de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, considera, porém, que a adolescência é também um período favorável para adoção de novas práticas e comportamentos, quando os jovens tornam-se mais independentes. “A presença, neste período da vida, de determinados fatores de proteção, como alimentação saudável e atividade física, contribui para a promoção e preservação da saúde da população, com ganhos de curto e longo prazo”, salienta.

Com uma atenção especial à prevenção das doenças crônicas, o Programa Saúde na Escola (PSE) foi lançado em 2008 para contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública da educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. Em parceria, os ministérios da Saúde e da Educação integram as redes de educação e o Sistema Único de Saúde. Na prática, o trabalho integrado gera ações de promoção para a saúde, estimulando a alimentação saudável, bem como práticas corporais e atividade física. A prevenção do tabagismo e do uso de álcool, bem como a prevenção de violência, também fa zem parte das ações que o programa incorpora ao cotidiano das escolas municipais que dele participam. 

Saiba mais sobre o trabalho realizado nas escolas e algumas experiências na matéria completa no portal da saúde (www.saude.gov.br)


Por Débora Pinheiro, da Agência Saúde

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