UE quer mais mulheres nos órgãos de decisão

Viviane Reding, vice-presidente
da Comissão Europeia

Quatro países da União Europeia – França, Bélgica, Holanda e Itália – já têm em vigor leis que obrigam as empresas a promover a liderança feminina, respeitando uma quota mínima de mulheres nos conselhos de administração. Bruxelas apoia a ideia e quer que os restantes países europeus sigam o exemplo, sob pena de lhes ser imposto um sistema de quotas em 2012, avança o El País.

A medida está já a dar frutos. Em Itália, Bélgica e Holanda, as mulheres deverão representar um terço dos lugares nos conselhos de administração das empresas, enquanto em França o processo será gradual: a quota mínima da presença feminina será de 20 por cento em três anos e de 40 por cento em seis anos.

Seguindo as recomendações de Bruxelas, a Alemanha e a Espanha começam agora a dar os primeiros passos para promover a igualdade de género nas empresas. No entanto, alguns países, como a Eslovénia e o Luxemburgo, continuam sem planos para corrigir a desigualdade.

Outros casos há em que estas medidas não precisam ser aplicadas, como os países nórdicos, onde o sistema de auto-regulação é eficaz. Na Finlândia e na Suécia, por exemplo, as mulheres já pesam 26 por cento nos centros de decisão das empresas.

Apenas 12% de mulheres nos conselhos
de administração europeus

As mulheres representam, actualmente, somente 12 por cento dos membros dos conselhos de administração das empresas europeias, revelam os dados do Eurostat.

Mas o ultimato está lançado: ou as empresas europeias colocam voluntariamente mais mulheres em cargos de poder e decisão ou será imposto um regime de quotas em 2012. O aviso foi feito por Viviane Reding, vice-presidente da Comissão Europeia, que exige que as empresas se comprometam a colocar 30 por cento de mulheres nos órgãos de decisão até 2015 – percentagem que deverá aumentar para 40 por cento antes de 2020.

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