domingo, 14 de agosto de 2011

João Fábio Sommerfeld

Figura paterna interfere no desenvolvimento pessoal e emocional 
Ausência da figura paterna pode interferir em vários aspectos do indivíduo. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo professor do curso de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Gustavo Alvarenga Santos. Entre as interferências estão relacionadas a falta de segurança emocional, orientação cultural e desvios de conduta.
Segundo o professor, o jovem que é bem influenciado pela figura paterna e que tem uma participação efetiva dele tem mais chance de lidar com as emoções afetivas no futuro. “Outra questão é que as pessoas se sentem mais orientadas na cultura. Aquilo que acontece no meio social, trabalho e escola, elas se sentem mais seguras para dar os primeiros passos, como, por exemplo, entrar numa profissão ou escolher um curso superior”, observa.
Para ele, um aspecto interessante é que as pessoas que contam com a presença de pais têm um estilo de vida mais saudável. “Digamos, evita-se em muitas situações que estas pessoas se desviem para lados que não sejam socialmente aceitáveis, como o uso abusivo de drogas, entrada em coisas que são ilegais, que não são bem quistas ou vão ocasionar problemas para as pessoas”, revela.
De acordo com Gustavo, o pai é alguém que assume o filho e que dá confiança na relação e a sua representatividade teve uma assunção muito mais cultural e forte na questão de transmitir uma série de valores para alguém. “O afeto de um pai sempre existe e vai depender muito da qualidade de relação que ele tem com a mulher. Quando a relação é boa, quando ele se sente gratificado, em geral o reconhecimento do pai pelo filho é maior”, explica. No entanto, quando esta relação é menor, como acidental, sem reconhecimento ou convívio, isso pode provocar alguns transtornos para os filhos.