segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Semana do aleitamento materno quer combater abandono precoce da prática

Bissau - Quase dois terços das mães guineenses interrompem muito cedo a amamentação materna, um problema que as autoridades procuram resolver com programas de esclarecimento, envolvendo todo o país. 
 
   
A questão foi hoje (segunda-feira) abordada em Mansoa, a pouco mais de 50 quilómetros de Bissau e onde o problema da nutrição mais se tem feito sentir. Mansoa foi o local escolhido para fazer formalmente o lançamento da semana nacional de amamentação, com autoridades locais mas também representantes de organismo internacionais, como a UNICEF ou a OMS. 
 
   
"Só 38 porcento das mães amamentam as crianças só com leite materno até aos seis meses, as outras aos três meses já começam a dar água e outras coisas", disse à Agência Lusa a directora do Serviço de Alimentação, Nutrição e Sobrevivência da Criança, Ivone Moreira. 
 
   
Por esse motivo, adiantou, foram criados grupos de mães em cada distrito, compostos por oito mulheres cada um, "que fazem um trabalho de sensibilização ao nível da tabanca" (bairro ou lugar). 
 
   
Neste momento a Guiné-Bissau dispõe já de 40 mulheres que explicam às mães que devem amamentar as crianças até pelo menos aos seis meses e que só a partir dessa altura devem introduzir outros alimentos. E que isso não só protege as crianças como evita novas gravidezes. 
 
   
Hoje, em Mansoa, a ministra da Mulher, Família e Coesão Social, o secretário de Estado da Saúde, o representante da UNICEF e o governador local não se cansaram de deixar avisos no mesmo sentido, para uma plateia constituída maioritariamente por mulheres com crianças de tenra idade. 
 
   
E usaram-se vários meios para convencer as mães, desde uma pequena peça de teatro a explicar a importância da amamentação à ideia de que se todas as crianças forem amamentadas com leite materno, crescendo fortes e saudáveis, a selecção da Guiné-Bissau pode chegar ao Mundial de Futebol. 
 
   
A semana da amamentação, cujo objectivo é precisamente sensibilizar, decorre até 20 de Agosto, fazendo chegar a todo o país a mensagem de que o aleitamento materno exclusivo é de importância vital para a sobrevivência da criança. 
 
   
A cerimónia de hoje (segunda-feira) de Mansoa decorre da Semana Mundial do Aleitamento Materno, instituída no seguimento da Declaração de Innocenti, elaborada em 1990 pela OMS e pela UNICEF. 
 
   
A Declaração de Innocenti centra-se em quatro objectivos à volta da amamentação materno.

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