Pré-lançamento da 3ª obra de Priscila Soterio Doce & Bela Genoveva

Na manhã de sábado, 20, durante o 12º Seminário de Atendimento em Classes Hospitalares – Secretária Municipal de Educação do Estado de São Paulo (SME), para educadoras da Rede de Ensino Estadual e Municipal, com a presença da diretora da pediatria do Hospital AC Camargo conhecido como Hospital do Câncer de São Paulo, Centro de Referência na América Latina Dra. Cecília Maria Lima da Costa, e da coordenadora da Educação Especializada e da diretora de Ensino Centro Sul, Alzira Maria Held da Silva, foi realizada uma homenagem especial à matriarca da Educação Especializada no Brasil Genoveva Vello, pedagoga voluntária e diretora aposentada do Estado da Escola Especializada Schwester Heine, o pré-lançamento do livro autobiográfico todo em versos, Doce & Bela Genoveva, 3ª obra da ex-aluna paciente, hoje escritora e palestrante Priscila Soterio. Priscila Soterio, hoje com 26 anos, é arujaense, ex-colunista Recanto Jovem, deste veículo de comunicação, autora de Recanto Jovem O Livro, Encontro com a Felicidade, lança oficialmente Doce & Bela Genoveva no próximo dia 05 de outubro ás 13h00 no Auditório da Unifei-Liberdade- SP. Priscila, ex-aluna da Creche Acalanto, hoje solidifica sua carreira, mostrando maturidade, conhecimento e uma grande evolução pessoal e profissional. Veja a entrevista a seguir. J.C.: Priscila, conta para todos nós, como tudo começou? Priscila Soterio: Eu sou paciente do AC Camargo desde os 12 anos. Sempre sonhei escrever e sempre escrevi. Porém, nunca tive oportunidades de mostrar o meu trabalho. As pessoas costumavam me enxergar somente em períodos eleitorais e isso de certa forma me incomodava. Um dia, cansada de tudo isso, escrevi uma carta para esse jornal e pedi que a publicassem. Dentre as minhas reivindicações eu falava da falta de um espaço para jovens. A diretora do J.C., Maria Estevo, prontamente leu a minha carta e me convidou para ser colunista. Nasceu Recanto Jovem, e daí para frente começou o mais real e complexo processo evolutivo. J.C: Lidar com o reconhecimento público, foi difícil para você? Priscila Soterio: Eu diria que foi a época que eu mais sofri, até aprender a lidar. Fofocas, palavras mal conversadas, recados não dados. Pra quem está no turbilhão da adolescência é muito difícil. Também eu não distinguia as pessoas que gostavam realmente do meu trabalho das pessoas que queriam aparecer na minha coluna. Mas, todos nós erramos para aprender. Aprendi. Com lágrimas, porém aprendi. J.C.: Voltando um pouco antes do início da sua carreira, qual o momento mais importante que você viveu? Priscila Soterio: Os meus dias de Creche Acalanto. Minha mãe por necessidade precisou me deixar lá. Lembro-me como se fosse hoje: Dona Maria Luzia, Tia Do, Tia Elisa, Professora Clara. Também me recordo com muita saudade da Escola Rural Núcleo P.L – professora Triana. Foram nesses recintos que aprendi a ler e escrever. Jamais irei me esquecer dessas pessoas anjos que passaram em minha vida. Uma homenagem que recebi no Fórum de Debates de Arujá, trago guardada até hoje. Era o início de tudo. Um futuro graças a Deus muito feliz. J.C.: Seus livros tomaram dimensões inesperadas. Como foi vivenciar esse processo-evolutivo? Priscila Soterio: Eu costumo dizer que Deus sempre destaca pessoas anjos para nos guiar. Dona Maria Estevo, e todas professoras que me acompanharam e acompanham até hoje no AC Camargo, são esses Seres-Especiais. Quando se tem pessoas que realmente acreditam no seu potencial, estimula seu crescimento, é possível entender cada parte do processo. Minha mãe, figura presente 24horas é a maior responsável. Aliás, foi ela quem escutou pela primeira vez eu dizendo que queria ser escritora. As outras pessoas debochavam. Riam. Julgavam. Levei uma rasteira enorme quando lancei meu primeiro livro. Porém, fui batalhando dia após dia. Está ai, Priscila para o mundo. Tive e estou tendo oportunidades de conhecer pessoas e lugares, sabe por quê? Eu acreditei. Eu costumo dizer que para você querer que as pessoas acreditem em você, é preciso você primeiramente se acreditar. As críticas eu relevo. Algumas construtivas, porém as destrutivas faço de conta que não existiram. E olha que fui recorde de críticas. As pessoas, por medo de se realizarem, preferem criticar. Mas existiram muitos amigos bons e fieis nesse processo todo. Quando olho para trás dou as mãos para quem quer se levantar. Aliás, todo mundo pode tudo aquilo que quer. Basta lutar. J.C.: Doce & Bela Genoveva, você escreveu todo em versos. Como foi se descobrir poeta? Priscila Soterio: Nem eu mesma sabia que tinha isso dentro de mim. Quando comecei o livro, era preciso fazer algo que realmente marcasse, assim como Genoveva é um marco. Imagina você escrever sobre a mulher que foi amiga da esposa do fundador do maior Hospital de câncer do país e Centro de Referência na América Latina? Foi ela quem começou a educar dentro dos hospitais. E, como Dra. Cecília Maria (diretora da Onco-Pediatria) disse: - "É impossível trabalhar dentro de um hospital que não tenha uma escola". Foi muita responsabilidade para mim. Então, de repente às 3horas da manhã, pensando nesse livro, peguei o notebook e comecei fazer versos. E assim foi... Foi lindo! O evento de homenagem foi um marco. Lágrimas falaram por todas nós. Formamos uma família. A família Genoveva ,é muito gostoso um trabalho reconhecido na dimensão que o meu está. J.C.: Você foi aluna da Escola Especializada Schwester-Heine? Priscila Soterio: Olha, sou paciente desde os 12anos. Sofri muita discriminação na escola que estudava. Eu não via quando chegavam os dias de internações para ficar lá. Eu vivi e vivo a escola. As professoras, e dona Genoveva que inclusive foi minha madrinha de casamento fazem parte de todo meu processo evolutivo. Quando comecei como colunista, elas fizeram a maior farra. Então a maior palestra que já proferi até hoje, com recorde de público, foi na Unip Alphaville, foram elas que me levaram... Todos os maiores e grandes eventos as têm detrás. Fui e sou aluna até hoje. J.C.: Doce & Bela Genoveva, é sua maior conquista? Priscila Soterio: Sim. Com certeza. Um dia, uma pessoa disse: - "Priscila você sonha muito. Pare de sonhar e comece a realizar". Está aí a resposta, para o Brasil e o mundo. Também me realizei quando estampei a reportagem no maior ícone teen, Revista Capricho, dentre outros veículos de comunicação, tanto impresso quanto televisivo. E eu tenho orgulho de ser uma sonhadora. Enquanto eu sonhar terei motivos para viver. Se parar de sonhar, não vivo. Hoje, além de trabalhar em uma empresa multinacional, sou estudante universitária, escritora, palestrante e blogueira. Meu blog chega a 1.200 visitas. Dá uma sensação de estar no caminho certo. J.C.: Você também é palestrante? Como é subir no palco e ter a missão de levar uma mensagem de paz, felicidade e acima de tudo, reerguer os ânimos? Priscila Soterio. Muito bacana. Minha primeira palestra foi um fiasco. Eu mal conseguia abrir a boca. Foi em Arujá em um condomínio. Porém, foi a mais especial de todas. Hoje, eu palestro em todos os lugares, em especial empresas e universidades. Formamos uma família com todos os sentimentos envolvidos: Em 01h30 nós choramos, rimos, nos auto-conhecemos, encontramos razões para não desistir de lutar, vemos caminhos para nos superar, e razões para sermos sempre os melhores. Quando vamos nos despedir a saudade já se faz presente. J.C.: E você tem retorno de resultados? Priscila Soterio: Teve um colégio particular de Guarulhos que me pediu 1 palestra. Quando sai de lá tinha feito para 8 turmas diferentes. Será que gostaram? São e-mails, o meu blog super acessado, é um retorno muito gostoso. J.C.: Para fecharmos essa entrevista, qual mensagem você gostaria de deixar? Priscila Soterio: Queria agradecer a oportunidade que o jornal me dá de sempre estar mostrando meu trabalho, e ao mesmo tempo estar acompanhando meu crescimento. Maria Estevo sem dúvida também é a responsável por tudo isso. Aprendi muito com ela. Minha família, sempre presente em todos os momentos e meu esposo que é um amigo excepcional. Queria dizer a todos leitores desse jornal, em especial adolescentes, que nunca desistam dos seus sonhos, por mais impossíveis que possam parecer. Aliás, quando ninguém acredita é que devemos silenciosamente traçar o nosso caminho. Todos nós somos capazes de superar e conquistar nossos sonhos. Aliás, no futuro o racismo será uma aberração da natureza. Somos todos de uma mesma família, todos iguais, e diferentes. Por trás de toda deficiência existe uma eficiência. A maior deficiência é a falta de solidariedade com os outros. Pensem nisso! Lançamento de Doce & Bela Genoveva, será dia 05.10.2011 no Auditório da Unifei – Liberdade. Rua Tamandaré - 688 – Liberdade/ SP. Informações: (11) 5498.30.95 Você pode contatar Priscila Soterio para palestras através do e-mail: palestras@priscilasoterio.com.br / priscilasoterio@priscilasoterio.com.br. Nas Redes Sociais: Facebook: Escritora Priscila Soterio. Twitter: @priscilasoterio – Blog: www.prisoterio.wordpress.com / Site: www.priscilasoterio.com.br jornal da cidade de arujá.