sábado, 27 de agosto de 2011

Ping-pong com Maria Casadevall

A atriz fala de suas preferências e sobre sua carreira na televisão e no teatro, na Companhia Teatral Satyros
Juliana Dacorego-tempo de mulher



A Valentina, de Lara com Z, fala sobre estrear na TV contracenando com atrizes como Susana Vieira e Beatriz Segall. Leia aqui o bate-papo com Maria Casadevall. E desvende um pouco mais sobre a atriz:

Quando começou a atuar?

Acho que comecei a atuar quando nasci. Faziamos montagens teatrais aos 7 anos, eu e uma antiga amiga de condomínio. Depois passei a frequentar teatro. Todos nós temos mil facetas, mas eu faço disso meu ofício.

Já pensou em desistir?

Não sei se desistir é a palavra, mas há momentos em que preciso me afastar para conseguir enxergar de longe o caminho que estou trilhando. Como eu me dôo cem por cento, às vezes eu preciso de distanciamento para me entender. Por isso passei um ano na Austrália, sem saber falar muito bem inglês, aos 20 anos. Hoje essa necessidade de distanciamento já não acontece tanto.

É possível viver de arte?

Economicamente é complicado, já que a praticidade vem em primeiro lugar no mundo contemporâneo. Talvez pra isso seja preciso primeiro, dentro do possível, articular-se de acordo com a demanda mercadológica para depois poder impor-se artisticamente.

Hoje, ser atriz é sonho de muitas garotas. Você acredita que seja pela fama pura e simples ou pode ser um reflexo da nossa era em que todos querem experimentar tudo e viver muitas vidas?

Se a vontade de atuar vier de uma curiosidade de querer entender outras possibilidades de vida eu estaria felicíssima. Creio que o desejo pela fama tem a ver com não conhecer realmente o trabalho e saber que o processo de criação é bastante solitário.

Como é fazer parte de um mundo visceral como o teatro e, ao mesmo tempo, estar na TV?

É um paradoxo, pois a TV tem um ritmo industrial e acaba ficando a mercê do que o mercado procura, os anunciantes exigem audiência. A capacidade de alcance da tv aberta é um ponto positivo que deveria ser melhor aproveitado, sem dúvida.

Há quanto tempo está na Cia de Teatro Os Satyros e como entrou na companhia?

Estou há dois anos no Satyros, entre ensaios e apresentações. Soube do teste através de uma amiga que viu, via twitter, e me ligou. O teste era no dia seguinte. Eu fui e apareceram cerca de 80 atores para a seleção! Depois de uma semana de improvisações, já com o grupo reduzido, foram selecionados em torno de doze atores para o espetáculo (Roberto Zucco), eu estava entre eles.


Ping Pong

Pedimos para Maria dizer a primeira coisa que viesse a sua mente ao citarmos determinadas palavras. Suas respostas provam que, além de uma jovem e bela atriz, Maria Casadevall é também uma mulher de mente aberta, sempre disposta a caminhar rumo a seus sonhos. E, assim, ela vai: passo a passo, trilhando os caminhos da arte com seu All Star de estimação nos pés.

Paixão: Ofício
Inquietação: Dúvida
Viagem: Vida
Indispensável: Indisponível
Luta: Força
Música: Alimento
Arte: Arte
Independência: Espírito
Família: Origem
Emoção: Uma Palavra Cafona
Inspiração: Observação
Seu Dia Perfeito: Um Dia Imperfeito
Ser Mulher: Ser Cruel

Em Cartaz

Maria Casadevall está em cartaz, em São Paulo, com a peça Roberto Zucco. Às sextas e sábados, às 21 horas, no Espaço Satyros Um, Praça Roosevelt, 214, Centro.

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