domingo, 14 de agosto de 2011

Mulheres discutem seus direitos, avanços e desafios em diversos setores durante Conferência da Mulher

A autonomia econômica e igualdade da mulher no mundo do trabalho, a educação inclusiva, não-sexista, não racista, não-homófica e não-lebofóbica, a saúde das mulheres e os direitos sexuais. os espaços da mulher nos espaços de poder e decisão. Estas e outras questões foram amplamente discutidas durante a 2ª Conferência da Mulher que aconteceu durante esta sexta-feira (12.08) no salão social da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O evento contou com a participação de mais de mil mulheres, representantes de movimentos organizados, partidos políticos, associações e educadoras.

Promovida pela Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS), em conjunto com a Coordenadoria Municipal de Políticas para as Mulheres e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, a Conferência é um importante centro de discussões para buscar mudanças e ações concretas para modificar situações que ainda permitam a exclusão da mulher em diversos setores da sociedade, entre eles na política. De acordo com a coordenadora Municipal de Políticas para as Mulheres, Alelis Izabel Gomes, existem avanços em muitas situações, mas ainda há muito o que mudar. “O exemplo está na política, temos quatro mulheres na Câmara Municipal e duas na Assembleia e uma vice-governadora, mas temos potencial para um espaço ainda maior”, analisa Alelis.

Os eixos mais discutidos na Conferência e que contaram com participação maciça das mulheres geraram em torno de discussões sobre a autonomia financeira da mulher, educação inclusiva e a participação das mulheres nos espaços de decisão. Outros pontos destacados referem-se ao enfrentamento de todas as formas de violência, do direito à moradia, e a infraestrutura social, à cultura, à comunicação e às mídias igualitárias e não discriminatórias. Para Munira Tereza Barbosa - representante da SAS no eixo que discutiu os direitos da pessoa idosa - ainda há muito o que fazer para assegurar os direitos de quem chegou à terceira idade. “O Estatuto do Idoso é um instrumento importante para garantir o direito da pessoa idosa, o que precisa é ser fortalecido, divulgado e respeitado”, argumenta.

A participante do eixo autonomia econômica Regina Mendes da Silva, que atua na área da educação, disse que as discussões foram muito produtivas para elucidar muitas questões referentes à ocupação da mulher no mercado de trabalho. Regina é coordenadora educacional em escola e acredita que as informações discutidas na Conferência foram importantes para incentivar o relacionamento escola-família e torná-lo ainda mais atuante. Segundo ela, a informação, as campanhas e a mídia quando falam sobre a inclusão da mulher no trabalho incentivam a família a mudanças. “Temos que mudar a conduta de só receber e passar para a ação, a mudança. Considero que a inclusão da mulher no mercado de trabalho reflete na qualidade de vida da família”, disse.

Fonte/Autor: Marta Benedito Mtb/MS 1