domingo, 28 de agosto de 2011



Angolanos precisam muito do Presidente José Eduardo dos Santos

Rodeth Gil nasceu a 26 de Outubro de 1947, no Bairro Cantinflas, arredores da cidade de Silva Porto, hoje Cuito. Foi comandante da guerrilha durante a luta armada de libertação nacional. Comandou homens e cruzou-se infinitas vezes com o Presidente António Agostinho Neto e mais tarde com José Eduardo dos Santos enquanto líder da organização juvenil do partido. Hoje, ostenta o cargo de presidente do Grupo de Mulheres Parlamentares de Angola.
Rodeth Teresa Máquina Gil é oriunda de uma família modesta do Cuito, Bié. Falar de Rodeth Gil é descrever o percurso de uma mulher que desde cedo, assumiu o desafio da luta de libertação de Angola.
Cruzou-se com José Eduardo dos Santos quando este era o líder da JMPLA. A comunicação era por mensagens escritas. Na década de 70, logo após a proclamação da independência, “conheci pessoalmente o Presidente José Eduardo dos Santos. Participávamos em actos políticos e do governo”. Desde então, o ambiente de amizade e camaradagem foi fortificando.

Relações profícuas
Na década de 80, logo após a ascensão de José Eduardo dos Santos ao cargo de Presidente da República, Rodeth Teresa Máquina Gil foi nomeada para desempenhar o cargo de directora-geral da Secretaria dos Assuntos Sociais. Num país, em guerra as carências são enormes.

O desafio primordial da Secretaria dos Assuntos Sociais estava delineado: acudir os mais carenciados e as vítimas da guerra. Rodeth Gil nessa fase esteve sempre em contacto com o Presidente José Eduardo dos Santos: “Aprendi muito com o Presidente”, realça.
Rodeth Gil destaca que nos momentos mais críticos o Presidente José Eduardo dos Santos mantinha a calma, pedia serenidade a todos e que redobrassem o sentido humanista.
Nas suas memórias, guarda com saudade o encontro realizado no anfiteatro do Ministério do Interior, onde o Presidente da República realçava a necessidade da Secretaria dos Assuntos Sociais ser mais agressiva na solução dos problemas das populações mais vulneráveis.
A Secretaria dos Assuntos Sociais desencadeou várias acções a nível internacional que visaram a recolha de donativos. Mas os destinos de Rodeth Gil voltaram a cruzar-se com José Eduardo dos Santos.
Desta vez, foi na Organização da Mulher Angolana (OMA), onde foi eleita secretária para a educação, saúde e política. Nessa vertente, a antiga guerrilheira salienta que as atenções do Presidente da República foram dirigidass inteiramente para a alfabetização..

Comandante Rodeth Gil
Nasceu no Bairro Cantinflas, arredores da cidade do Cuito, mas a adolescência foi vivida no Leste de Angola. Filha do pastor metodista Kassanje Máquina, com a morte do pai, mudou para a então Teixeira de Sousa, hoje Luau onde ficou a viver com a mãe.
Mas pouco tempo depois a mãe também faleceu. Com apenas cinco anos, Rodeth Teresa Máquina Gil foi acolhida pela missão católica do Luau. O calor de mãe veio de uma missionária americana.
Desde então, cresceu num ambiente rigorosamente católico. Mas o azar, voltou a bater à porta de Rodeth Gil. A mãe adoptiva faleceu anos mais tarde, tinha apenas oito anos. Passou a viver com os tios do lado paterno.
Em 1962, por influência de amigos ingressa ao MPLA. Aos 15 anos, aprendeu a manusear uma arma e passou a dominar a técnica militar. O grupo contactou a direcção do MPLA em Brazzaville.
Na companhia de Agostinho Neto, em 1966, penetrou no interior do Moxico, onde já havia a base do MPLA baptizada de Mandume I, cujos lideres eram Santana André Pitra (Petroff), Nga Kumono e o médico Américo Boavida.

Rodeth Gil  Responde

Chegou a comandante na guerrilha?
Sim. Liderei vários homens como comandante na guerrilha. Mas o agrupamento que mais me marcou na minha vida foi o Fura-Mata. Lá só havia ida e já não havia volta. Já tinham tombado em combate seis comandantes. Fui a sétima. Resisti e consegui dirigir a tropa. Estávamos localizados na zona do Cazombo.

Venceu e depois qual o seu destino?

Nessa altura, o meu marido, o Henrique Gil, era um dos comandantes da IV Região, aberta recentemente em companhia do comandante Diazabu. Meses depois, o meu marido tomba em combate. Passados cinco meses, o presidente Neto deu ordens para que eu fosse retirado da zona.

Continuou lá?

Por pouco tempo. O Presidente Agostinho Neto voltou a mandar uma mensagem que dizia: já morreu o marido e não podemos perder a mulher e os filhos. Questionou a integridade física dos meus filhos. Não tive como recusar, e abandonei a região de Cazombo.

Para onde foi transferida?

Incumbiram-me a missão de trazer as comitivas de guerrilheiros do MPLA que se encontravam na Tanzânia na base de Eringa. Tinham concluído a formação militar e tinham que entrar em Angola. Fui a comandante que recebia os efectivos e o armamento. Por essa via, tive contactos com o comandante Dangereux, Lúcio Lara e Joaquim Kapango.

Como descreve a figura do Presidente José Eduardo dos Santos?
Vejo nele uma personalidade humana fora do comum. Se não fosse este espírito tão humano talvez a paz que nós respiramos hoje, não tivesse sido alcançada. É uma pessoa muito ponderada e com um espírito de perdão muito elevado. Muito vezes, olho para o Presidente José Eduardo dos Santos, com tantos problemas que enfrenta,  e digo a mim mesma que  outra pessoa era incapaz de suportar tudo isso. Não é fácil.

Que mensagem tem para o seu aniversário?

Parabéns. Desejo que esta data se repita por muitos e muitos anos. Precisamos muito do Presidente José Eduardo dos Santos. Não é apenas Angola, que precisa dele, mas África e o mundo. Felicito-o e à família que o rodeia pela coragem e determinação. Quero dizer-lhe que o Povo Angolano está com ele.

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