quarta-feira, 7 de setembro de 2011

 
 
Dilma lança programa de livros populares

Anunciado na abertura da Bienal do Livro, plano vai subsidiar a produção de livros com preço de até dez reais

Rafael Lemos, do Rio de Janeiro-veja.abril
A presidente Dilma Rousseff com o cartunista Ziraldo na abertura da Bienal do Livro do Rio Dilma Rousseff com o cartunista Ziraldo na abertura da Bienal do Livro: programas de estímulo à leitura (Roberto Stuckert Filho/Divulgação)
A presidente Dilma Rousseff abriu nesta quinta-feira a Bienal do Livro do Rio de Janeiro com medidas de estímulo à leitura. No Riocentro, a presidente assinou o Plano Nacional do Livro e da Literatura e lançou o programa Livro Popular. O programa, coordenado pela Biblioteca Nacional, terá recursos de 36 milhões de reais do Fundo Nacional de Cultura para subsidiar a produção e a distribuição de livros que custarão até dez reais.

Depois de ser recebida com uma manifestação de estudantes de escolas federais do Rio de Janeiro que reivindicavam mais verba para a educação e melhores salários para os professores, Dilma fez um discurso sobre a importância da educação e da cultura. “Sei que para erguer uma nação é preciso dar valor adequado à educação e à cultura”, disse. A presidente também fez menção ao governo Lula, que iniciou um esforço de melhoria na educação. “Fizemos um grande esforço para aprimorar a qualidade, da creche à pós-graduação”.

Bienal - Pela primeira vez a Bienal foi aberta pelo presidente da República, em uma edição que consolida o evento como uma festança da leitura. Desde sua criação, em 1983, a Bienal do Livro teve seu tamanho multiplicado mais de dez vezes. O número de expositores passou de 86 para 950, o evento mudou-se do Copacabana Palace para o Riocentro – onde vai ocupar 55 mil metros quadrados. Os números impressionam. Desta quinta-feira até o dia 11, passarão por lá 650 mil pessoas, público semelhante ao esperado no Rock in Rio, que terão acesso a 125 mil títulos e comprarão 2,5 milhões de livros.
Esse sucesso deve-se a uma mudança conceitual. A Bienal deixou de ser um evento apenas das editoras para ganhar a dimensão de showbizz, com atrações para todas as idades. Além das já tradicionais sessões de contação de histórias para crianças, e de bate-papo com autores, haverá pela primeira vez um espaço especial para os adolescentes. 
Jovens -  O Conexão Jovem é a prova da força da literatura infanto-juvenil, com convidados de popularidade de ídolo pop. Hillary Duff, a linda atriz dos seriados Lizzie McGuire e Gossip Girl, estará no Riocentro no domingo, falando sobre seu livro, Elixir. Allyson Noël, da série Os Imortais, também tem passagem confirmada pelo evento, assim como Lauren Kate, da trilogia iniciada com Fallen, e a best seller brasileira Thalita Rebouças, que explodiu com a série “Fala sério” e já vendeu mais de um milhão de livros.
A preocupação de consolidar o gosto pela leitura no mundo digital resultou em espaços interessantes. Maré de Histórias é um espaço interativo, em que os visitantes poderão acessar textos através de painéis touch screen. E a Bienal Digital dará uma amostra do potencial do livro eletrônico, permitindo ao público manusear tablets das 20 principais marcas disponíveis no mercado e acessar através deles obras selecionadas.
O espaço Mulher e Ponto foi criado em 2009 e, este ano, terá 15 debates sobre temas como sexo, bullying, envelhecimento e humor, além de literatura. E atores conhecidos darão vida a textos clássicos em leituras dramatizadas que fizeram sucesso na última Bienal.

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