quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sociedade de Psicanálise exibe e debate filmes que abordam dramas cruciais para país africano


Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Três documentários da cineasta e psicóloga moçambicana Isabel Noronha serão exibidos hoje (2), às 19h, no auditório da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ), no Humaitá, zona sul do Rio, em sessão aberta ao público e com entrada franca. Os filmes Mãe dos Netos, Trilogia das Novas Famílias e Salani (Adeus) relatam os dramas de adultos, adolescentes e crianças afetados por questões cruciais para esse país africano como aids, exploração sexual, pobreza e as consequências da guerra civil, que deixou 1 milhão de mortos e milhares de órfãos e mutilados.
A exibição faz parte da atividade cultural Cinema & Psicanálise, realizada há 12 anos pela SBPRJ, sempre apresentando filmes motivadores de reflexão, seguidos de debate. A abordagem não é exclusivamente psicanalítica. Filósofos, historiadores, professores de literatura, críticos de cinema e artistas costumam figurar entre os debatedores convidados pela entidade.
O debate após a exibição dos documentários africanos terá com o mediador o psicanalista Ney Marinho, que coordena o programa de intercâmbio da SBPRJ com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo ele, os filmes são de grande valor estético e fazem parte de um projeto mais amplo da diretora Isabel Noronha. “Cineasta  e também psicóloga, ela usa o cinema como uma forma terapêutica, o  videodrama. A participação no documentário de personagens reais, que vivenciaram o drama que é o tema do filme, propicia uma espécie de catarse, de recuperação de experiências emocionais que ajudam as pessoas a superar seus traumas”, explica.
O intercâmbio com a CPLP, fruto de contatos que vinham sendo mantidos há anos pela SBPRJ, se concretizou a partir de 2009, quando houve um primeiro encontro no Rio, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Representantes dos oito integrantes da Comunidade – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste – discutiram a questão da saúde mental em seus países.
“A proposta não é de um intercâmbio meramente científico, mas científico-cultural, porque envolve a participação de diplomatas, professores universitários, professores de literatura, além, é claro, de psicanalistas, médicos e outros profissionais de saúde”, afirma Ney Marinho. Segundo ele, a ideia é que questões como a violência contra a mulher, a pedofilia, a aids, os traumas da desigualdade social e das guerras sejam tratadas nesse intercâmbio não apenas sob o ponto de vista psicanalítico.
Em abril deste ano, foi realizado o segundo encontro em Maputo, na capital de Moçambique, tendo como tema central Sexualidade e Agressividade em Nosso Tempo e em Nossas Culturas. Com oito países espalhados por quatro continentes, a CPLP permite uma abordagem variada dessas questões. “Temos uma oportunidade de pesquisa muito grande, porque há enorme diversidade cultural entre os países-membros”, diz. O próximo encontro do intercâmbio será em 2013, em Cabo Verde.
Edição: Graça Adjuto
Marrocos
Cinema africano fortemente presente em Festival Internacional


Rabat - O cinema africano estará fortemente representado na quinta edição do Festival Internacional do Filme Feminino de Salé (cidade gêmea da capital marroquina, Rabat) com a projecção de 12 metragens do continente, soube  a PANA junto dos organizadores.

Os 12 filmes vão representar designadamente o Benin, o Burkina Faso (convidado especial), os Camarões, a Côte d'Ivoire, o Egito, o Mali, Marrocos (país organizador), a Mauritânia, o Senegal, o Tchad, o Togo e a República Democrática do Congo.Durante este certame cinematográfico, previsto para 19 a 24 de setembro corrente, estarão igualmente representados vários outros países como a Eslovénia, o Vietnam, os Estados Unidos, a Austrália, França, a Suíça e a Áustria.

O júri desta edição, composto por sete mulheres de diferentes nacionalidades, será presidido pela escritora canadiana Louise Poral.

"Esta edição incide sobre a desigualdade global dos estatutos do homem e da mulher e sobre a coragem das mulheres que tomam o risco da emancipação pela criação", segundo a mesma fonte.

O Festival do Filme Feminino de Salé é um dos principais encontros anuais da sétima arte em Marrocos ao lado do Festival Internacional do Filme de Marraquexe, do Festival de Curta Metragem Mediterrânica de Tanger, do Festival do Filme Mediterrânico de Tétouan e do Festival do Cinema Africano de Khouribga.

II CURSO DE EXTENSÃO CINEMA E MULHER - OUTUBRO


O Curso de Extensão Cinema e Mulher voltará em outubro com a segunda versão. A primeira será concluída no dia 10 de setembro e contou com a participação de aproximadamente trinta pessoas. O II Curso oferecerá 50 vagas e focalizará os filmes das diretoras brasileiras. Além das projeções de filmes, os cursistas também fazem leituras de textos teóricos. Neste semestre, vimos filmes de Callie Khouri, Nikki Caro, Deepa Metha e Sandra Werneck.

Inscrições e mais informações:
3117-2200 (NUPE-Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, Campus I, Salvador)







GETZ ganha prêmio mundial de Publicidade

A agência foi bronze no Festival de Publicidade de Gramado.


A agência TheGetz ganhou bronze na categoria de Cinema e Vídeo do Festival Mundial de Publicidade de Gramado com a campanha “Essa Vaga não é sua Nem por um Minuto”.

O prêmio foi entregue na última sexta-feira (02). De acordo com o sócio diretor de criação da agência, Ricardo Mercer, esta é uma grande conquista não apenas para a Getz, mas também para o Paraná. “É o reconhecimento de um trabalho realizado por uma equipe competente e dedicada. E mais do que isso é um grande passo para a publicidade do Paraná que está crescendo cada vez mais e mostrando que o nosso estado não fica atrás de nenhum outro”, afirma.

O diretor destaca ainda que é possível fazer campanha de conscientização de qualidade. “O marketing social é uma cadeira da comunicação tão importante quanto a publicidade em si”, ressalta. Segundo Mercer é muito importante que o tema da campanha se espalhe por todo o país. “Já percebemos algumas mudanças na consciência das pessoas em não utilizar as vagas destinadas para deficientes físicos, e o projeto de lei nacional está na mão da Ministra Gleisi Hoffman, mas esta é uma luta perene e queremos divulgar ainda mais esta campanha”, afirma Mercer.

O Prêmio
O Festival de Publicidade de Gramado é o terceiro maior evento do mundo na área em número de participantes, e também é o maior da América Latina. Ele foi idealizado com a proposta de discutir e analisar o segmento publicitário, passando por temas de interesse de profissionais, agências e mercado. O local escolhido, desde o início, foi a cidade serrana de Gramado, por oferecer atrativos turísticos e uma rede hoteleira de primeira linha, capaz de abrigar um grande número de participantes.

O movimento
Concebida para circular nas redes sociais, a campanha “Essa vaga não é sua nem por um minuto” foi uma iniciativa de mobilização da TheGetz para chamar a atenção da sociedade para a necessidade de respeito às vagas de estacionamento para deficientes. Em menos de um mês, o movimento ganhou mais de 800 adeptos no Facebook e se propaga por outras mídias online. O selo do movimento também ganhou pontos fixos na capital paranaense.

Essa vaga não é sua
O episódio que deu origem à campanha que tem Mirella Prosdócimo como protagonista aconteceu em meados de março em um estacionamento de supermercado da capital paranaense. Mirella, que ficou tetraplégica depois de um acidente quando tinha 17 anos, estava no estacionamento com duas ajudantes, colocando as compras no carro, quando uma mulher estacionou seu carro. Mirella observou a situação e quis alertar a motorista para o equívoco cometido, mas foi ignorada pela motorista que entrou no supermercado. Ao voltar, Mirella ainda estava com suas auxiliares, colocando as compras no carro. Ela chegou a fazer uma nova observação para a motorista que, dessa vez, se ofendeu. Agrediu verbalmente Mirella e, por pouco, não a atacou fisicamente. Foi preciso que as assistentes da cadeirante, que a ajudavam a co locar as compras no carro, apartassem a motorista.

Mirella acionou a administração do supermercado, mas o estabelecimento não se posicionou a respeito, nem quanto à cliente que estacionou indevidamente, nem sobre o incidente de quase violência no seu estacionamento – justificaram que não poderiam perder nenhuma das duas clientes. A empresária também acionou a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), mas representantes do órgão só apareceram, no local, uma hora depois de todo o incidente, não podendo tomar nenhuma providência naquele momento.

De acordo com Mirella, a legislação obriga que estabelecimentos públicos e privados deem condições de acessibilidade para deficientes físicos. Ao que tange aos estacionamentos, a legislação especifica o espaço correto e a localização das vagas.


Sobre a The Getz – No mercado publicitário curitibano desde 2004, a The Getz consolidou-se como uma agência de inteligência em comunicação e soluções estratégicas para seus clientes. Tendo à frente os sócios Maurício Ramos, Luciane Vanzella, Tiago Stachon e Ricardo Mercer, a empresa busca a reinvenção permanente para atender o compromisso de propor soluções novas e inovadoras em comunicação. Com DNA digital, a agência também busca explorar novas formas de comunicação com o seu público-alvo. Ações desenvolvidas para redes sociais e aplicativos e ferramentas digitais para a internet são algumas das possibilidad es experimentadas pela agência. A aposta nas redes sociais foi, inclusive, uma das reinvenções da The Getz em 2010. Seu site passou a direcionar o internauta para uma fan page do Facebook, permitindo conexões diretas e pessoais com todos aqueles que estão conectados à rede. Para consolidar seu direcionamento de negócios, a agência passou a adotar um novo conceito, o The Getz, que reflete a visão que a agencia tem de si mesma: ser uma família que pensa e trabalha em conjunto com o propósito de oferecer o melhor serviço para os clientes. Em 2009, para ampliar o desenvolvimento de suas ações, foram criadas duas empresas que passaram a atuar em parceria com a The Getz, a Salsa, especializada em internet, em sociedade com Weber Dal Pin, e a Live!Promo, para promoções.
Na internet: www.getz.com.br.

Hemoba participa de feira de livros

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) participa da Feira de Livros "Sangue, Vampiros e Livros... Uma questão de ler e doar!", que acontece no próximo dia 4, domingo, a partir de 9h30min, no Campo Grande, numa iniciativa da Fundação Pedro Calmon. Na oportunidade, o diretor da Hemoba, Roberto Schlindwein, profere palestra com o tema "O Sangue como Fonte de Energia".

O Hemóvel também estará presente para coleta de sangue e a população está convidada a comparecer e fazer sua doação. A expectativa é que 100 pessoas realizem a doação voluntária de sangue durante a coleta, que ocorrerá das 8 às 16 horas.

Para a direção da Hemoba, "Sangue, vampiros e livros... Uma questão de ler e doar!" é mais do que oportuno, pois, recentemente, a Portaria nº 1.353/2011, do Ministério da Saúde, possibilitou que jovens de 16 anos em diante, fãs de vampiros, também sejam doadores de sangue.

Feira de Livros

Com o objetivo de promover a prática da leitura e a solidariedade através da doação de sangue, a diretoria do Livro e da Leitura da Fundação Pedro Calmon, em parceria com a Hemoba, reúne num só evento o "Seminário Novas Letras: Vampiros na Literatura e no Cinema"; o lançamento do cordel "O Vampiro Apaixonado", de Antônio Barreto; sessão de autógrafos com Iray Galrão, autora de "Bia, a nuvem que não queria chover"; a Biblioteca Móvel e a Feira Mensal de Livros do Campo Grande - com a exposição e venda dos acervos da Fundação Pedro Calmon, da Editora Livro.Com, da Galeria do Livro e outros livreiros.

Os Seminários Novas Letras vem movimentando as bibliotecas públicas, ao resgatar os clássicos da literatura de vampiros que antecederam o sucesso atual da série Crepúsculo, tão ao gosto dos leitores infanto juvenis. Às 10 horas, começa a edição Seminários Novas Letras: Vampiros na Literatura e no Cinema, com as seguintes palestras: "Drácula", de Bram Stoker, o começo de tudo, com Carlos Ribeiro; A polêmica e o valor do "Chá das cinco com o vampiro", com Mônica Menezes; "Carmilla, a homovampira",com Nancy Vieira, e "O mito do vampiro no cinema: a eternidade ontem, hoje e sempre", com Vanessa Brasil.

Carlos Ribeiro é escritor, jornalista, professor doutor da UFRB e membro da Academia de Letras da Bahia. Mônica Menezes é poetisa, professora e doutora em literatura infanto juvenil. Nancy Vieira é professora-doutora da UFBA e estuda a mulher na literatura. Vanessa Brasil é escritora, jornalista e doutora em narrativas cinematográficas. Antônio Barreto é poeta, cordelista e professor. Iray Galrão é pedagoga, professora de estudos africanos, premiada no Edital de Apoio à Edição de Livros de Autores Baianos da Fundação Pedro Calmon, em 2009.

Fonte: Ascom da Hemoba
Hemoba/livros
Os 90 anos da Academia

De personalidade forte, a cuiabana Nilza prepara a festa desde o início do ano. Outras sessões comemorativas já aconteceram

iário de Cuiabá

Noventa anos da Academia Mato-grossense de Letras – essa data tão especial vai ser comemorada hoje com uma sessão magna no casarão da rua Barão de Melgaço, número 3869. Se fosse possível, o que será que dom Francisco Aquino Corrêa, presidente de honra da Academia e seu fundador, pensaria sobre o 90 aniversário da AML, comemorado sob a presidência de uma mulher, Nilza Queiroz Freire?

“Dom Aquino vibrava por sua terra, era um patriota, um religioso. Tenho certeza de que ele está satisfeito porque não deixamos apagar o fogo da literatura”, responde Nilza, que está no seu segundo mandato como presidente.

De personalidade forte e enérgica, a cuiabana Nilza está preparando a festa dos 90 anos desde o início do ano. Outras sessões comemorativas foram realizadas, mas a de hoje, marcada para as 19h30m, é sem dúvida a mais especial de todas. Os convidados receberão uma publicação, um álbum que documenta a história da ABL, desde sua criação em 7 de setembro de 1921, por iniciativa de “uma plêiade de intelectuais sob a liderança de dom Aquino”, conforme explica a atual presidente.

A sessão será aberta e encerrada com hinos – o da Independência, a cargo de um militar do 44 Batalhão , e o de Mato Grosso, com letra de dom Aquino. Em seguida, a presidente fará seu discurso e depois passará a palavra a historiadora Elizabeth Madureira Siqueira, que é membro da AML e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT).

Ao som do violino do músico Edson Vieira de Assunção, os acadêmicos entrarão no salão e o violinista tocará “Carinhoso” de Pixinguinha. O momento seguinte será reservado à declamação de um poema cívico por Maria de Lourdes Oliveira Nigro e haverá também um tempo para a confraternização de acadêmicos e convidados.

LEMA

A AML tem 31 membros, sendo cinco mulheres. A atual presidente deverá deixar o cargo após o final do segundo mandato (segundo a regra do regimento atual) tem se mostrado extremamente dedicada à AML e consciente da importância de ser a primeira mulher a presidir uma instituição historicamente dominada por homens. “Mas eu não me queixo. Todos me respeitam muito”, diz. Ela só se ressente da falta de recursos da AML, que vive apenas da contribuição dos acadêmicos e não dispõe de funcionários.

“Poderíamos ter uma renda da venda de publicações literárias, mas como o povo não gosta de ler não contamos com isso”, afirma a presidente.

Autora do livro “Crônicas da cidade verde”, publicado há cinco anos com recursos próprios e de várias crônicas publicadas em jornais mato-grossenses, Nilza Freire lamenta a falta de gosto pela literatura, que, na sua opinião, deve ser incentivada desde os primeiros anos de escola.

“Comecei a ler no primário e tomei gosto. Sou contadora de profissão, mas meu lazer sempre foi a literatura. Hoje, com o advento da internet, as crianças têm acesso a tanta informação que não conseguem guardar. Quando você lê, descobre a alma do autor; procura no dicionário as palavras que desconhece. É outra relação”, argumenta.
Mayana Neiva: “Quero ganhar as rugas que a vida vai me dar
No ar como a cômica Vicentina de “Cordel Encantado”, a atriz diz não ser obcecada por dietas e rejeita rótulos de beleza
Rafael Molica; Fotos Matheus Cabral e
Alex Carvalho/TV Globo e Divulgação
Divulgação
Mayana Neiva lançou recentemente o livro "Sofia"
Após conquistar o público na pele da cativante Desirèe em “Ti-ti-ti”, Mayana Neiva tem se deparado com um novo desafio: viver a atriz de cinema mudo Vicentina em “Cordel Encantado”. Por conta do novo trabalho, a atriz não desgruda da TV quando a novela é exibida e gosta de acompanhar a tudo com atenção. Prova disto é que a estrela concedeu uma entrevista à QUEM apenas após um dos capítulos do folhetim de Duca Rachid e Telma Guedes.

Formada em artes cênicas pela Universidade de São Francisco nos Estados Unidos, Mayana conversou sobre os bastidores de “Cordel Encantado”, colegas que a inspiram, beleza e vida pessoal. Apesar da agenda cheia de projetos, na TV, no cinema e na literatura infantil, Mayana afirmou que dá tempo para se apaixonar e cuidar do coração.

“Ai, dá. Meu coração está... Prefiro não falar disso”, disse aos risos, discreta. “Mas estou bem. Realmente, você vai para um lugar, vai para outro. Desloca a gente. Eu acho que o bom e o certo vão acontecer. Estou focando no que a vida está me trazendo. Se me trouxer um amor, vai ser maravilhoso.”

Romântica, a atriz procura não buscar a pessoa perfeita e diz aguardar pelo encontro com alguém especial. “Acho que não existe uma pessoa ideal. Acho que existe um encontro muito revelador. Eu amo quando a vida me traz esses encontros. Isso, para mim, é a razão de eu estar viva. É o encontro com a Marina, minha sobrinha, que me trouxe este livro [“Sofia”, que acaba de ser lançado], é o encontro com essa história na Argentina que me trouxe este personagem [do filme “Infância Clandestina”]. Os encontros é que me movem. Acho que é essa força de ser transformado pelo outro, provocando mudanças em você mesmo é muito mágico. O amor é um processo onde isso acontece continuamente, né!? Isto é muito interessante.”

Mayana listou algumas características que geralmente a conquistam. “Primeiro, sensibilidade. Humor é uma coisa básica no ser humano. Humor, sensibilidade. Acho que são já muitas dicas”, disse, interrompendo a lista com risos.

 Rótulo
Dona de um visual de arrancar suspiros, Mayana vê a beleza como algo passageiro. “Acho que ser bonito está nos olhos de quem vê. Acho que ser bonito é uma consequência. É claro que você tem que cuidar do seu corpo, seu corpo é instrumento de trabalho. Mas eu quero poder trabalhar fora desse padrão porque eu acho que ele tem prazo de validade”, contou ela que quer viver as mudanças no corpo que a vida lhe trará.

“Acho que eu quero ganhar as rugas que a vida vai me dar. Eu quero viver todas as coisas, eu quero passar por todas as fases. Eu não quero ficar presa a uma coisa que não é. Não é eterno. Eu acho que a busca, os bons encontros, os bons personagens, o bom trabalho são eternos. E a beleza não é. É uma coisa que está. E, às vezes, nem está para todos.”

Após deixar claro como pensa sobre o assunto, a atriz não fugiu da pergunta se faria alguma intervenção cirúrgica para retardar o processo de envelhecimento. “Não sei. Mais para frente vai ser mais para frente. Eu gosto de viver o hoje. Mas, por enquanto, eu não acho que na vida falte em nada. Eu tenho sempre esse exercício de parar de reclamar. Às vezes a gente reclama, né!? E olhar para o que a vida está te dando. Transforme aquela cisma em uma oportunidade. Transforme aquele olhar para outras coisas. Mais potente do que negar.”

Como algumas atrizes brasileiras e estrangeiras, Mayana acredita que alterações no rosto em nome da beleza, como a aplicação de botox, não são interessantes na hora de atuar e trabalhar a expressão. “Veja a Fernanda Montenegro, uma senhora, que é uma mulher incrível. Uma mulher bela, mulher bonita de se ver. Aquele olhar, aquele trabalho. Aquele grau de maturidade que ela se encontra. De rosto também”, disse ela sobre a atriz que muito admira. “Acho que a gente tem que se cuidar, tem que ser feliz. E a beleza não é, de longe, tudo mesmo. Não deixo de comer minha sobremesa por nada neste mundo. Não deixo de ser feliz...” 
Matheus Cabral e Alex Carvalho/TV Globo
A atriz na pele de Vicentina de "Cordel Encantado" (à esquerda) e como Desirèe de "Ti-ti-ti" (à dir.)

 Exceções na dieta
Se por um lado a atriz não é adepta das clínicas de cirurgia plástica, por outro, procura equilibrar na hora de encher o prato. “O vídeo engorda muito. Engorda quatro quilos. Quando estou trabalhando, tento comer menos porções, não como tantas. Mas, por exemplo, gosto de doce. O leite condensado, na minha vida, sempre me faz bem [risos]. Então não tem isso, não. Eu não deixo de ser feliz por causa de dieta não. Acho que dieta tem que ser uma sensação de viver. Comer frutas, comer verduras, comer coisas boas, fazer exercícios, mas também não deixar de viver.”
 Preparação e bastidores de “Cordel”
 Além de outros temas, a trama das seis ilustra de maneira divertida a transição do cinema mudo para o falado. Para tanto, a atriz tem se esforçado para dar vida à Vicentina, uma atriz do cinema mudo que foi convidada a fazer um filme de Brogodó (cidade fictícia onde é ambientada a novela) com falas. Até aulas de preparação vocal foram importantes para o processo de criação. “Ela tem uma voz horrível. A minha voz é grave e eu tenho que fazer uma voz... Trabalhei com a voz com fonoaudióloga. Fiz um trabalho... Foi muito louco. Tinha acabado de chegar de um longa na Argentina num domingo e comecei a gravar na segunda. Foi uma loucura”, disse ela que esteve em paralelo concentrada nas filmagens de “Infância Clandestina”. “Ela [Amora Mautner, diretora geral] sempre me pede mais, as autoras pedem mais com a voz.”

Durante o processo de criação, Mayana se inspirou no filme “Cantando na Chuva” e nas atrizes Jennifer Tilly e Dianne Wiest do clássico de Woody Allen “Tiros na Broadway”. Enquanto participa das gravações, a atriz tem observado com atenção os colegas de cena. “Tenho aprendido muito com o Osmar Prado, Alessandro Tcche, o [Marcos] Caruso, a Zezé Polessa. Como eles têm um estudo fonético, por exemplo. Eles estudam as falas do ponto de vista sonoro. Eles observam outros aspectos que eu admiro, que eu sou fã. A Heloísa Périssé é uma atriz sublime. Quando gravei com ela, não parei de rir um minuto. É de uma comicidade nata incrível.”

Além da voz, Vicentina tem dado um pouco de trabalho para Mayana também no camarim. “É muita roupa. Uma hora e meia, mas para tirar é mais fácil. Colocar é mais difícil porque o cabelo, as voltinhas do cabelo, é de 1910. O cabelo é todo desenhado. Ainda tem o chapéu. Colete por cima e ainda tem um espartilho que é apertado, com meia, bota... É um negócio que não acaba nunca”, disse ela, bem humorada, que afirmou ver todo o processo de sua personagem como algo prazeroso de se fazer.

Com duas tramas no currículo, Mayana confessou que gosta de assistir às novelas quando a agenda permite. “Acho que novela, às vezes, é uma coisa engraçada, é quase relaxante. Quando você diz ‘ah, eu vou ver uma novela’ parece que você vai passear por lugares da sua mente sem sair de lá, do sofá. Então, é uma coisa curiosa. Eu gosto de novela. Não toda novela. Saber fazer uma novela é uma arte. Eu acho que esta novela [‘Cordel’] o povo tem feito muito bem”, comentou ela que também citou outros trabalhos interessantes. “’Ti-ti-ti’, ‘Cordel’, ‘O Astro’. Tem coisas que estão dando certo. E tem as novelas eternas. ‘Roque Santeiro’. Me inspirei muito na Regina Duarte como Viúva Porcina para fazer a Vicentina. Todo aquele exagero da viúva. Aqueles brincos, tudo isso tem sido referência para a gente. Aquela coisa toda over, aquele blush inesquecível. Aquele grito [imitando a personagem]. Ai, eu amo, assisto sempre a ela no canal Viva [atualmente, a trama é reprisava no canal].”
Alex Carvalho/TV Globo
Alexandre Slaviero, Mayana Neiva, Caio Castro (de costas) e André Arteche (à direita)
Após trabalhar com nomes que admira como Claudia Raia e Elisângela, Mayana citou outras pessoas com quem gostaria de contracenar no futuro. “Renata Sorrah. Eu amo ela. O Wagner Moura, claro. Porque são dois atores incríveis, dois atores que tem uma loucura deliciosa. Uma força de trazer o novo, uma força de ser inteiramente o novo. Eles têm marcas muito pessoais nos personagens.”
 Fama e reconhecimento
Apesar de ter atuado em minisséries como “A Pedra do Reino” (2007) e “Queridos Amigos” (2008), o assédio dos fãs e dos paparazzi só veio com mais intensidade após a Desirèe de “Ti-ti-ti”. Até hoje, admiradores costumam gritar o nome da personagem e o do par romântico (Armandinho, interpretado por Alexandre Slaviero), quando Mayana é vista na rua.

Durante a entrevista, ela também falou sobre a relação com a fama. “De uma forma, claro, a novela populariza muito mais. A novela entra com muito mais força do que as minisséries. É um fato. Mas, na verdade, eu sinto um carinho muito maior, que é muito grande, muito bom. Eu até falei uma coisa que fui mega mal interpretada. Eu nunca falei que nunca quis ser famosa. Eu falei que ser famosa tudo mundo quer... As pessoas podem ser famosas com qualquer coisa e por qualquer coisa imbecil. Ser reconhecido pelo seu trabalho que é bom. Era isso que eu sempre quis. Ser reconhecida. Quem não quer!? Acho que todo mundo quer, na verdade, ser reconhecido por um trabalho. Que é, na verdade, em última instância, uma troca. Eu dar e você receber; você receber e eu dar. E é isso que a gente quer. Do ano passado para cá, tenho sentido que esta troca aumentou, mas ela não muda a essência do meu trabalho em nada. Nem pelo prazer que eu tenho, pelo carinho que eu tenho de ir trabalhar como vou ao teatro, vou à TV. Eu amo meu trabalho. Isso não muda.”

As representações simbólicas do feminino e do masculino na literatura evangélica. Entrevista especial com Sandra Duarte
 www.ihu.unisinos.br   
 Livros evangélicos que ensinam as mulheres a serem “‘boas esposas’, ‘boas mães’ e ‘boas donas de casa’” estão entre os mais vendidos do mundo porque “as mulheres estão em crise”, afirma Sandra Duarte. Apesar de terem conquistado espaço na sociedade, destacando-se profissionalmente, as mulheres buscam “respostas religiosas para uma crise que extrapola nossa capacidade humana de lidar com tantas atribuições”, menciona em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.

A mulher ideal, na literatura evangélica, “é concebida como uma mulher domesticada de acordo com o padrão patriarcal da cultura”. Segundo a pesquisadora, as representações simbólicas de feminino e masculino contribuíram para naturalizar conceitos e atribuições de homem e mulher. Nesse contexto, as religiões ainda legitimam relações de dominação entre os sexos. “Essa maneira sacrificial de conceber o feminino tem sido um dos grandes problemas para a superação da dominação de gênero. A carga de culpa das mulheres por não corresponderem àquilo que é considerado ‘coisa de mulher’ é enorme”, avalia. E dispara: “É também importante dizer que boa parte dos livros evangélicos direcionados às mulheres desculpam os homens por serem “do jeito que são”.

Sandra Duarte de Souza é graduada em Serviço Social e em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo, mestre e doutora em Ciências da Religião pela mesma instituição. Cursou pós-doutorado em História Cultural pela Unicamp. Atualmente é professora da Universidade Metodista de São Paulo, coordenadora da área de Religião, Sociedade e Cultura do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como analisa a publicação e a divulgação da literatura evangélica direcionada ao público feminino? Qual é o objetivo da literatura evangélica para mulheres?

Sandra Duarte – As mulheres contemporâneas, na maioria dos países, estão acedendo a uma condição política (no seu sentido mais amplo) que tem lhes permitido alcançar maiores níveis de educação (no Brasil, inclusive, somos maioria em todos os níveis de ensino a partir do ensino médio) e, consequentemente, maiores possibilidades de ganhos econômicos. Essa condição faz com que os vários segmentos comerciais se voltem para esse público que possui grande potencial de consumo. O mercado editorial não fica atrás. As mulheres leem mais do que os homens e, com o incremento de seu poder de compra, elas estão na mira das editoras e livrarias, inclusive ou principalmente das que produzem literatura religiosa, pois, em nosso país, por exemplo, de acordo com a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, a literatura mais consumida por mulheres é a religiosa.

Esse tipo de literatura, apesar de apresentar uma abordagem supostamente favorável às conquistas das mulheres nas últimas décadas, reconhecendo a necessidade de sua capacitação por meio da educação formal e de sua inserção no mercado de trabalho, tende a reforçar representações do feminino e do masculino que perpetuam a desigualdade de gênero.

IHU On-Line – Como a mulher é compreendida na literatura evangélica?

Sandra Duarte – A literatura evangélica direcionada para mulheres tende a orientá-las a serem “boas mulheres”, isto é, “boas esposas”, “boas mães” e “boas donas de casa”. Elas podem fazer o que quiserem, desde que cumpram esse papel entendido como natural e divinamente conferido a elas. Em outras palavras, esse tipo de literatura reconhece a inserção das mulheres na esfera pública, mas afirma, às vezes implícita e às vezes explicitamente, que o seu lugar “mais legítimo” é a casa. Isso tem muitas implicações, por exemplo, se considerarmos que a conquista de novos lugares sociais pelas mulheres não tem sido acompanhada por uma redistribuição das tarefas domésticas e por uma transformação das representações do feminino. Com isso, o que vemos, são mulheres sobrecarregadas, estafadas e deprimidas, pois têm que provar cotidianamente que são boas o suficiente para estarem no espaço público (considerado espaço de homem) e que continuam boas o suficiente para dar conta das atribuições domésticas, culturalmente consideradas como “essencialmente” femininas.

IHU On-Line – Como a literatura evangélica apresenta a mulher para as mulheres? Há um ideal de mulher social?

Sandra Duarte – A mulher ideal apresentada por esse tipo de literatura é, na maioria das vezes, concebida como uma mulher domesticada de acordo com o padrão patriarcal da cultura. Ela é apresentada como uma supermulher que dá conta do trabalho fora de casa, da realização ou da administração das tarefas domésticas, do cuidado com o marido, do cuidado com os filhos e filhas, do cuidado com outros membros da família, etc.

Também não passa despercebida uma noção de mulher paradigmática que foge à vivência real de um contingente significativo de mulheres. Se prestarmos atenção, veremos que essa mulher é sempre casada, seu marido está bem colocado no mercado de trabalho, ela tem filhos/as (poucos, evidentemente), tem casa própria, é de classe média, tem bom nível de educação fomal, tem vida profissional própria e é branca.

IHU On-Line – Como essa “mulher ideal” apresentada na literatura evangélica dialoga com a “mulher real”?

Sandra Duarte – É difícil responder a essa pergunta. Mas penso que a imposição de uma mulher paradigmática pela literatura evangélica não é um fator isolado. Uma série de outros mecanismos produtores de sentido concorre para o fortalecimento dessa representação. A “mulher real” se identifica com essa “mulher ideal” porque ela representa a supermulher que conseguiu harmonizar todas as coisas sem enlouquecer, que conseguiu dar conta de todas as atribuições domésticas “com louvor”, que se dedicou de forma incontestável à família, que “engoliu sapos” dignamente, que teve uma vida profissional autônoma, que conseguiu se manter bela e desejável (de acordo com o padrão midiático) a despeito dos anos, etc.

Uma “mulher comum” não daria conta disso sem adoecer. Não é à toa que, na atualidade, o índice de mulheres com depressão, achando-se fracassadas, é enorme. Como disse anteriormente, as mulheres conquistaram muitas coisas em outros campos da vida, mas sua identidade como mulher continua sendo afirmada a partir do casamento, da maternidade e de todas as representações que envolvem essa condição. O acúmulo de atribuições inviabiliza uma vida saudável.

IHU On-Line – O que a busca pela literatura evangélica revela sobre as mulheres, especialmente em um momento em que elas estão cada vez mais atuantes no mercado de trabalho?

Sandra Duarte – Creio que revela que as mulheres estão em crise. Tem sido cada vez mais difícil conciliarmos tudo, então buscam-se respostas religiosas para uma crise que extrapola nossa capacidade humana de lidar com tantas atribuições. Essa literatura, porém, continua informando às mulheres que elas devem continuar com toda a carga. Essa maneira sacrificial de conceber o feminino tem sido um dos grandes problemas para a superação da dominação de gênero. A carga de culpa das mulheres por não corresponderem àquilo que é considerado “coisa de mulher” é enorme. É também importante dizer que boa parte dos livros evangélicos direcionados às mulheres desculpam os homens por serem “do jeito que são”.

IHU On-Line – A religião ainda é utilizada para legitimar as relações de dominação entre os sexos? Por que essa visão persiste?

Sandra Duarte – Sim, sem dúvida! Quando falamos de religião estamos falando de sistemas simbólicos. As representações do feminino e do masculino são construções socioculturais, portanto, são aprendidas. Por força do processo dialético de produção da sociedade, os sujeitos sociais passam a acreditar que essas representações são naturais. A religião contribui para a naturalização dessas representações quando as afirma como sagradas, como vontade divina.

A dominação de gênero ainda é um problema pouco discutido no âmbito religioso, pois sua contestação pode desconstruir boa parte das bases sobre as quais os próprios sistemas religiosos se assentam, se organizam e constroem sua hierarquia. E não estou me referindo apenas ao âmbito cristão.

É importante dizer, contudo, que a religião pode funcionar (e em alguns casos já funciona) como desconstrutora de relações de dominação de gênero, especialmente por sua capacidade de acessar os sujeitos sociais a partir de seus códigos religiosos.

IHU On-Line – Como ocorre a transmissão do discurso religioso sobre as relações sociais de sexo?

Sandra Duarte – Por meio da literatura, dos sermões, da linguagem sexuada, das representações do divino, do aconselhamento pastoral etc. Mas também não podemos esquecer que a transmissão do discurso religioso não se dá exclusivamente pela religião. Os sujeitos religiosos são informados por outros mecanismos de produção de sentido. Portanto, estamos falando de uma combinação de sistemas culturais de sentido que dão o tom das relações de gênero em nossa sociedade.


Multiculturalismo na XV Feira do Livro


A literatura em seus diversos formatos continua sendo foco da XV Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontece até o próximo domingo, 11, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O destaque da programação de hoje fica por conta da participação de José Eduardo Agualusa, escritor radicado em Lisboa, que participa do Encontro Literário às 19h.

José Eduardo nasceu em Huambo, na Angola. Em Portugal estudou Silvicultura e Agronomia no Instituto Superior de Agronomia. Agualusa divide seu tempo entre Luanda, Lisboa e viagens ao Brasil. Atualmente escreve crônicas mensais para a revista portuguesa “Ler” e semanalmente para o jornal angolano “A Capital”, além do programa “A Hora das Cigarras”, que fala sobre música, poesia africana e é exibido na RDP África.

Desde 1989, foram 26 obras escritas, entre novelas, romances e poesias. Seus textos também se tornaram obras teatrais como “Geração W”, “Chovem Amores na Rua do Matador”, “A Caixa Preta” e “Aquela Mulher”, monólogo que foi estrelado por Marília Gabriela, com direção de Antônio Fagundes. Seus livros estão traduzidos para mais de 20 idiomas.

O escritor também foi premiado com três bolsas de criação literária. Entre elas, a primeira em 1997, pelo Centro Nacional de Cultura, para escrever “Nação Crioula” e outras em 2000 e 2001, que permitiram visitar países como Índia, Alemanha e Holanda para escrever novas obras. Seu primeiro romance, “A Conjura”, recebeu o Prêmio de Revelação Sonangol e “Fronteiras Perdidas” obteve o Grande Prêmio de Conto Camilo Castelo Branco. Em 2007, o livro “O Vendedor de Passados” foi premiado pelo jornal britânico The Independent, que promove o Prêmio Independente de Ficção Estrangeira e tornou Agualusa o primeiro escritor africano a receber o título.

Na Sala Marajó, às 18h e 20h, acontece a apresentação de “Eu Me Confesso Eneida”, espetáculo teatral de Carlos Correia Santos, dirigido por Edson Chagas e Leandro Haick, que relata várias facetas da cronista, carnavalesca e ativista política Eneida de Moraes.

As atrizes Marta Ferreira, Rosa Marina e Elisângela Vasconcelos interpretam simultaneamente, diversos aspectos da vida da escritora, criando um embate angustiante e provocativo, que vai revelando para a platéia detalhes da densa trajetória da famosa nortista. (Diário do Pará)
Desfile de moda da Benedita e outros eventos em Castro-PR



jornal da manhã news

Desfile de moda da Benedita
Badaladíssimo o desfile de Primavera da Benedita (leia-se Mariane Telles Prestes), que aconteceu na quarta-feira, 31, no Buganville Palace Hotel. Com a presença de todas as VIP’s da cidade, a boutique apresentou as apostas de grandes marcas nacionais, como Canal, Cantão, Morena Rosa, Sacada, Shop 126 e Zinco. Esta colunista assinou a cobertura fotográfica oficial do evento. A noite contou com sorteio de vários brindes, inclusive de empresas parceiras. O jantar foi servido à francesa e todas as presentes receberam lindas sacolas recicláveis by Cantão. Um luxo!


‘Entre flores’
A artista plástica Silvia Flores, de Apucarana, esteve em Castro para o vernissage da sua exposição “Entre Flores”, na Galeria Ondas do Yapó (mezanino do Teatro Bento Mossurunga). Na foto, é recebida pela Diretora de Cultura, Gisele Ávila Coradassi. As obras da artista, que também é professora de artes, misturam colagens e pinturas em aquarela. A exposição seguirá até o dia 7 de novembro e o horário de visitação é de segunda à sexta-feira das 8 às 11h30 e das 13 às 17h30.

Na Efapi
O leite Castrolanda estará presente na 34ª edição da Efapi e para demonstrar toda a qualidade do produto e força da marca, apresentará passo a passo a cadeia leiteira castrense, desde a ordenha, envase e distribuição, que são “top de linha”. Cristiane Carvalho Carneiro Magrinelli representará os consumidores da marca no material de divulgação a ser utilizado na feira.

Lançamento
Acontece no próximo dia 10 o lançamento oficial da edição 2011 do Concurso Infantil Estrelinha Fabi Guedes, voltado a crianças de 4 a 12 anos de idade que participarem de um ensaio fotográfico no Estúdio Fabiana Guedes Fotografia. Os materiais publicitários da promoção que se estende até 12 de novembro, foram cuidadosamente produzidos pela Ideia3, de Ponta Grossa. Fique de olho! Os ensaios promocionais poderão ser agendados a partir de 12 de setembro. Neste ano, nove empresas patrocinam o certame: Aquarela, Bebê & Cia, Benedita, Caminhos da Terra, Elyane Fiuza Bolsas e Acessórios, Fisk Centro de Ensino, Ótica H. Basílio, Sete Gatos Bar, Restaurante e Café e You Cosmetics.

Castrenses que brilham
Agende-se: no dia 11 de setembro, às 11h, acontece no Teatro Bento Mossurunga cerimônia em homenagem aos “Castrenses que Brilham”, profissionais de nossa cidade que se encontram radicados em outros locais e têm feito sucesso em suas carreiras. Em 2011, serão homenageados Cornélia Jessica Moreira Manes, advogada e Mestre em Ciências Políticas, o Pastor Luiz Carlos Ramos, também Doutor em Ciências da Religião e o músico Ulisess Galetto, que é também escritor e Mestre em História. A entrada é franca.

Parabéns!
Ainda está em ritmo de parabéns, o prefeito de Castro Moacyr Elias Fadel Junior, aniversariante deste dia 3 de setembro. Sucesso!

Expo&Flor
Acontece de 7 a 11 de setembro, no Parque Ambiental, a 1ª Expo&Flor de Ponta Grossa, com flores trazidas diretamente de Holambra. Evento beneficente com organização do Rotary Club Ponta Grossa Alagados. Entrada Franca. Participe!
Em Tibagi
Até dia 10 é possível reservar convites para participar da III Caminhada Rústica da Primavera em prol da Casa Nosso Sossego, abrigo de idosos em Tibagi. Será dia 17 na RPPN Rancho Sonho Meu, na região do Guartelá, e mostra o canyon sob outros aspectos não explorados por turistas. Haverá dois percursos, um leve e outro radical para grupos que serão orientados por guias especializados. O passeio inclui café, almoço e lanche. Mais informações no (42) 3275-1187 ou www.tibagi.com/casanossosossego.

Palestra
Já estão à venda os ingressos para a palestra Relacionamento interpessoal e sua importância no sucesso pessoal e profissional, com a especialista Carmen Lúcia Mickocz Ravedutti. O evento é exclusivamente para empresárias associadas à Câmara da Mulher Empreendedora de Castro e está agendado para a noite de 22 de setembro, no Auditório do Senac. O ingresso custa R$ 10 e deve ser adquirido diretamente no SindiCastro (Rua Romário Martins, 370). Mais informações e reservas pelo fone (42) 3232-4244.


Mostra de selos
O Museu Histórico Desembargador Edmundo Mercer Júnior, de Tibagi, abre nesta segunda-feira, dia 5, a exposição itinerante de selos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A Coleção com o tema Filatelia Por Um Mundo de Paz fica à mostra até o final do mês de setembro na Sala de Fotografias do Museu, com entrada franca. A mostra tem 75 lâminas com mais de 200 selos que fazem parte do acervo dos Correios em Brasília. O Museu Histórico permanece aberto de terça à sexta-feira das 8 horas às 11h30 e das 13 horas às 17h30. Sábados e domingos, a visitação pode ser feita das 9 horas às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Para agendamento, o telefone é (42) 3916-2189.

Novo concurso cultural do portal Vila Mulher aposta no tema moda e presenteará a melhor fase com bolsa da grife Humawaca e iPod nano

O Vila Mulher (www.vilamulher.com.br) — um dos mais completos portais desenvolvidos para atender às necessidades femininas – lança mais um concurso cultural e desta vez o tema é moda. A resposta mais criativa da pergunta O que torna seu estilo único? ganhará uma bolsa Hi- Tech + 1 iPod nano.
A bolsa possui um teclado inteligente e é da premiada grife Humawaca que se conecta ao iPod de 8Gb. A mesma bolsa vendida como produto de design no MoMa em Nova Iorque, na Harrods de Londres e Le Bon Marché em Paris.
Qualquer pessoa pode participar do concurso e as frases passarão por votação nas redes sociais e comunidade do site. As 50 melhores respostas participam da etapa final e serão julgadas por uma comissão interna do Vila Mulher.
As frases poderão ser enviadas até o dia 22 e setembro de 2011. Para participar basta acessar a página do Concurso Sua Moda, Seu Estilo.
Para interagir e obter mais informações acesse www.vilamulher.com.br
Mais sobre a e-Mídia
Fundada em 1997, a e-Mídia é uma das pioneiras da internet brasileira, dedicando suas operações ao segmento de rede social feminina. A empresa é detentora das marcas Vila Mulher (www.vilamulher.com.br), Cyber Cook (www.cybercook.com.br) e Cyber Diet (www.cyberdiet.com.br) todas referências em rede social feminina e no segmento gastronômico e bem-estar. A e-Mídia conta ainda com um amplo portfólio de serviços on-line. Com mais de 13 anos no mercado, a empresa possui forte expertise no desenvolvimento de aplicativos, com uma equipe de profissionais altamente capacitados para criação e produção de plataformas tecnológicas avançadas.
Acontece a I Virada Empreendedora

Neste mês acontece a Primeira "Virada Empreendedora". Realizado pela Rede Mulher Empreendedora e pelo espaço de Coworking e Eventos MyJobSpace, o evento terá nove horas de duração.

Não perca a I VIRADA EMPREENDEDORA, que acontece dia 10 de Setembro das 10h às 19h, no espaço de Coworking e Eventos MYJOBSPACE- Av. Eng. Armando de Arruda Pereira,  345  a cerca de 300 metros do metrô Conceição.

O evento visa apoiar os pequenos empreendedores oferecendo os serviços mais buscados por este público. Então, se você é um novo ou pequeno empreendedor, com empresas já constituídas ou em desenvolvimento e busca apoio para o  seu negócio, então curta a página da VIRADA no Facebook, e confirme sua participação na página do evento.

São nove horas de informação, aprendizagem, apoio, networking, em um único lugar e por um valor acessível. O pagamento da entrada, R$10,00 com acesso total ao evento, pode ser efetuado na entrada do local.



SERVIÇOS /EXPOSITORES

Contador, aplicativos para redes sociais, assessoria de imprensa, logomarcas, cartões de visita, materiais promocionais, marcas e patentes.

 PALESTRAS DE NEGÓCIOS

*10 horas – TEMA Marketing para Empreendedores

Facilitadora: Cinthia A. Moraes Almeida

Mini Bio: Consultora de Marketing para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e Diretora da Consultoria de Marketing especializada no mercado feminino – Delas! Mkt. Formada em Publicidade e Propaganda pela PUC-Campinas, com MBA em Marketing pela ESPM-SP e curso de extensão na UCR (Universidade da Califórnia de Riverside – EUA). É autora do livro “O casamento ideal entre sua empresa e o cliente”, que traz estratégias de marketing para empreendedores no ramo de casamento. Tem experiência de 10 anos no mercado, trabalhando com Gerenciamento de Produto e Trade Marketing em Multinacionais. E Marketing Interno, Criação e Produção em Agências de Publicidade e Propaganda.

*11 horas -   TEMA Como ganhar dinheiro com a empresa

Facilitador: Antonio Carlos de Matos

Mini Bio: Administrador de empresas, professor universitário, consultor em gestão empresarial e palestrante sobre temas da excelência gerencial e liderança. Autor de vários livros e criador de programa de TV sobre empreendedorismo e montagem de negócios. Autor do livro digital “Gestão Financeira – uma abordagem prática para pequenas empresas “. Escreve o Blog “Ágil + Frágil” sobre gestão empresarial, onde orienta empresários sobre viabilização de negócios. Exerceu por diversas vezes a Gerência de Tecnologia da Informação e comandou por 13 anos a Consultoria Empresarial do Sebrae-SP. É Diretor de Operações do IBELG Instituto Brasileiro de Excelência em Liderança e Gestão

*12 horas - TEMA Ter a minha empresa é uma boa ideia?

Facilitadoras: Raquel Marques e Débora Andrade

Mini Bio Raquel: Raquel Marques, diretora da SocialBureau, empresa que realiza projetos para que seus clientes tenham sucesso utilizando as mídias digitais (Facebook, Twitter, LinkedIn, Blogs, recursos do Google, etc). Tecnóloga em processamento de dados e mestranda em Saúde Pública, pesquisa a mobilização civil na internet em prol mudanças em políticas públicas.

Mini Bio Débora: Psicanalista, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV. Dedica-se ao atendimento clínico em consultório, também trabalhando com grupos operativos. Idealizadora e gestora do Projeto Instigar, presta serviços de consultoria a empresas, utilizando para isto conceitos de psicanálise & gestão.


*13 horas  - TEMA Como obter Investimento-Anjo para seu Negócio

Facilitador: Cassio Spina

Mini Bio: Engenheiro eletrônico formado pela Escola Politécnica da USP, foi empreendedor por 25 anos, tendo fundado a Trellis, empresa especializada em produtos e soluções para redes de comunicação de dados e voz. Atualmente exerce função de investidor-anjo apoiando novas empresas  é o criador da rede Anjos do Brasil.

*14 horas   - TEMA Vendas para Pequenos Empreendedores

Facilitador : Eloisa Santos (NITDA)

Mini Bio: Eloisa Santos é diretora Operacional do NITDA, consultora especialista em implantação de franquias focada em equipe de vendas, palestras, workshops e treinamentos. Atuou por 14 anos em rede de franquias.

*15 horas - TEMA Inovação para Empreendedores

Facilitadora: Alice Sosnowski

Mini Bio: Graduada em jornalismo na UFMG, com especialização na PUC-SP. Escreve sobre inovação, tecnologia e empreendedorismo para mídias online e impressas e edita o blog “O Pulo do Gato”, voltado para empreendedores de ideias e de negócios. É sócia da agência Objecta Internet, que tem mais de 6 anos de atuação no mercado digital, e participa do programa 10.000 Women, promovido pelo Goldman Sachs e FGV-SP.

*16  horas - TEMA Gestão de Canais Digitais

Facilitadora: Maria Carolina

Mini Bio: Sócia-fundadora da startup KingoLabs. Com apenas 33 anos de idade, possui 14 anos de experiência em gerenciamento, desenvolvimento e análise da Informação. É responsável pela área de Inovação da KingoLabs, coordenando os novos projetos de Mobile, Infraestrutura e Web 2.0. Desta área saíram alguns produtos consagrados na web brasileira, como o Sorteie.me, o Kingometer e o TRManager.

*17  horas   - TEMA Educação Financeira para empreendedores

Facilitador: Alexandre Damiani

Mini Bio: Administrador de empresas, atuando fortemente nos últimos anos nas áreas de marketing e Recursos Humanos. Experiência abrangendo pesquisa de mercado, pesquisa de satisfação, análise de concorrência, viabilidade de produtos e serviços, campanhas de marketing, negociação com agências, utilização de verbas publicitárias, gerenciamento de parcerias, relacionamento com gráficas, veículos de comunicação, mídias digitais e outros segmentos e serviços relacionados a marketing e comunicação. Formado e capacitado pelo Instituto DSOP de Educação, com ampla experiência em treinamentos corporativos e consultorias individuais. Atualmente é Educador Financeiro e Diretor Executivo no Instituto DSOP de Educação Financeira.



Para mais informações, entre em contato com email administrativo@ag4global.com.br ou pelo telefone (11)2619-9190

Coworking & Espaço para eventos
MYJOBSPACE - www.myjobspace.com.br

Rede de Negócios para Mulheres Empreendedoras
www.redemulherempreendedora.com.br

AG4 Global Services
Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 345 (esq.Miguel Hernandes) SP -CEP 04309-010
Tel.: (11)2619-9190
Fonte: Imprensa RMEmpreendedora

Parabéns, Ministra Gleisi Hoffmann

Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (6), a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, comemora aniversário.
O Jornal Agora Paraná homenageia a paranaense Gleisi Hoffmann, a primeira mulher eleita para o Senado, em 2010, pelo Partido dos Trabalhadores. Hoje ocupa o mais alto cargo no escalão do Governo Federal. Parabéns a esta valorosa senhora, que nasceu em Curitiba, onde  iniciou sua caminhada política ainda na adolescência, quando ingressou nos movimentos estudantis, e hoje, com determinação escreve a história política e administrativa do País.
Formada em Direito, especialista em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira, Gleisi Hoffmann é filha de Júlio Hoffmann e Getúlia Agda. É casada com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo e mãe de João Augusto e Gabriela Sofia.
Nesta data festiva, receba o abraço caloroso dos paranaenses.

XV Bienal do Livro Rio apresenta novidades do mercado de livros eletrônicos

Empresárias do Núcleo da Mulher Empresária de Planalto participam do V Fórum da Mulher Empresária


Planalto vem se destacando desde a criação dos núcleos setoriais, e mais uma vez as mulheres revelam seu brilho. Empresárias do núcleo participaram do fórum em Capanema, um evento que serviu para abrir horizontes e trazer idéias para desenvolver os trabalhos da ACEP – Associação Comercial e Empresarial de Planalto.
O evento contou com a presença de autoridades do município e mulheres representantes dos núcleos de todo o sudoeste, esteve presente também a Senhora Maria Salete, vice-presidente do CEME - Conselho de Mulheres Empresárias do Paraná pela FACIAP- Federação das Associações Comerciais do Paraná, a Senhora Maria Salete comentou da importância dessas mulheres se reunirem para trocar experiências para o crescimento pessoal e profissional de cada participante.

Cristiane Lara Salmoria, consultora da FACIAP  fez uma palestra no evento que tirou muitas dúvidas das mulheres presente sobre os “Conselhos de Mulheres sob a óptica de núcleo setorial”, os conselhos de mulheres criados a mais tempo não eram trabalhados com a metodologia do Programa Empreender o qual traz muitos benefícios e clareza das ações.

Pela tarde, o evento encerrou com uma palestra da renomada Indakéia Marissol de Lima, palestrante de Curitiba e contadora de história, que falou sobre o “Talento feminino para os negócios”, de forma muito dinâmica e motivadora.

 O Núcleo da Mulher Empresária de Planalto aproveita para convidar todas as mulheres empresárias de Planalto para participar do núcleo. Maiores informações pelo fone: (46) 3555-1314, com Andréa.

XV Bienal do Livro Rio atrai 200 mil pessoas nos quatro primeiros dias

3º Encontro Pedagógico com foco na arte em São Francisco

        Aconteceu nesta segunda-feira (29/08) a terceira edição do Encontro Pedagógico da SMEC (Secretaria Municipal de Educação e Cultura), em São Francisco de Itabapoana. O evento ocorreu no Praia Clube Guaxindiba e teve início às 8h. Mais de 600 pessoas participaram do encontro. Estava presente o prefeito Beto Azevedo, acompanhado da primeira dama Romênia Azevedo. A secretária de Educação e Cultura, Yara Cínthia Nogueira, o de Administração, Cláudio Cardoso e o subsecretário de Administração, José Renato Cunha também participaram.
        O tema central do evento foi “Arte dentro e fora da sala de aula”. Como objetivo, o encontro buscou afinar os educadores para a questão cultural e mostrar sua importância no desenvolvimento do aluno. O evento foi direcionado aos professores, coordenadores e diretores da rede municipal.
        A abertura do evento foi feita com apresentação de coral e dança dos alunos da E.E. M.Dirceu Dias da Silva, da localidade de Guaxindiba. Logo após, houve palestra e dinâmica com o jornalista e animador cultural Wilson Heindenfelder. Após o almoço, foram realizadas diversas oficinas como: Imagens que te quero ler; Batuque aí... ritos, ditos e mitos da cultura popular (re)inventando o povo brasileiro; Quem conta.... Encanta; O corpo; Aula de poesia, como eu queria; O ensino da arte de palavras, linhas, cores e formas; Musicalizando a vida e a arte; Teatro na educação; O mundo da vida, como mundo das culturas; Na trama do texto, os fios da contemporaneidade; Cinema na escola... escola no cinema; Quilling...papel e cor transformando o mundo; A mulher - universo nas artes plásticas e A linguagem da fotografia.
        Segundo a secretária municipal de Educação e Cultura, Yara Cinthia Nogueira, o evento foi um sucesso e trará melhorias à educação no município. “O evento correu melhor do que esperávamos. Os educadores, que no evento estavam na posição de educandos, aprenderam lições que irão refletir muito positivamente nas salas de aula.” Comentou Yara.
        Para o prefeito Beto Azevedo, a cultura tem um papel muito importante para o desenvolvimento da educação. “A educação é a base da sociedade. Através da arte, a cultura pode ser expressa na sala de aula e fora dela, desta forma os alunos podem dar mais valor às suas raízes e ajudar no desenvolvimento da comunidade onde vivem.” Explicou Beto
Ascom-SFI
sãofrancisco informe

As idéias e os artistas

Mazé Leite-portal vermelho

 A força das ideias vai gerando a história, movimentando os povos, mudando os sistemas. Nas artes, vai alinhando ou desalinhando artistas. E ninguém fica incólume ao que acontece em seu próprio tempo. Assim foi, assim é. Mas essas ideias não surgem do nada; não surgem da mente de algum ser genial. Surgem dessa dialética entre a realidade concreta e a observação que o ser humano vai fazendo dela, enquanto constrói seu caminho no mundo.


Estou lendo o livro de Walter Friedlaender intitulado “De David a Delacroix” que faz um recorte  na história da arte francesa, onde podemos observar o quanto ideias e arte estão em consonância. Esse livro foi publicado pela primeira vez em 1930, na Alemanha, e era destinado ao uso em escolas e universidades. Aborda principalmente dois grandes pintores franceses – David e Delacroix – mas os localiza num período histórico dos mais importantes da história.

A França do século XVII era o país mais poderoso da Europa e o que possuía a maior população. German Bazin (em outro livro que acabei de ler, o “Barroco e Rococó”) mostra que a França era o país que assimilou “com maior êxito o espírito do Renascimento italiano”, que trouxera muitas novidades em todos os campos da vida humana, assim como as ideias de uma classe em ascensão, a burguesia. No século XVIII – onde vamos nos concentrar aqui – ideias contraditórias disputavam espaço numa sociedade onde “financistas conviviam com as velhas noblesse d’épée e noblesse de robe”, ou seja, burgueses e aristocratas disputando espaços políticos e econômicos, além de filosóficos, dentro de um sistema em evolução.

Essas ideias que competiam entre si, movimentavam a história. Uns agarrados ferrenhamente ao passado; outros, onde os mais pobres foram incluídos, carregavam novas bandeiras que balançavam ao sopro dos ventos de um mundo novo.

A Revolução Francesa (um período que vai de 1789 até o golpe de estado conhecido como o 18º Brumário de Luís Bonaparte, 1799) marcou o fim do Ancien Régime e dos privilégios da realeza e do clero. Até então o rei era o centro de toda a vida política e social na França. Os impostos cobrados ao povo eram extorsivos. A imensa maioria vivia na miséria, enquanto os membros da corte e do clero se refestelavam nos palácios. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, proclamou a igualdade dos direitos de todos diante da lei, além de defender direitos básicos dos cidadãos. Essa Revolução de 1789 marcou o início da era moderna e influenciou todos os recantos do mundo.

Dentro de tudo isso, correntes de pensamento influenciavam também a Pintura. Os ventos do Renascimento haviam trazido o pensamento racional, que predominou durante todo o século XVII e chegava ao século XVIII trazendo as ideias de influentes pensadores franceses, como Descartes e Corneille.

Mas uma corrente de pensamento “irracional”, mesmo que inconstante e com menos influência, “se manifesta de forma mais exuberante na primeira metade do século XVIII”, diz Walter Friedlaender. Essas duas formas de pensamento, conflitantes entre si, podem ser encontradas, segundo ele, “na complexa estrutura da pintura francesa do século XIX”. E posteriormente.

O pensamento racional dentro da obra de arte tinha, segundo o autor alemão, “um viés moralizante”. Estava preocupado com o conteúdo ético e didático da obra, muito influenciado pela visão de Nicolas Poussin (1594-1665), um pintor francês que se mudou para Roma, onde voltou seus estudos técnicos e teóricos para o classicismo de Rafael e dos pintores venezianos. Poussin, em seu metodismo e racionalismo, detestava a pintura de Caravaggio! Seu desejo era “reviver a antiguidade”, como afirma German Bazin. A pintura de Poussin que pode ser considerada um manifesto do que ele pensava é o “Os pastores da Arcádia”, pintado entre 1638-40.

As ideias estéticas predominantes em todo esse período pré-revolucionário vinham sendo construídas com base na razão e na moralidade, o bon sens. Eram ideias também de Pierre Corneille, o grande autor de peças como El Cid e Horácio, que se baseava também no classicismo. Corneille nasceu em 1606, numa família da nascente burguesia. Também se junta a esse campo do pensamento, o filósofo francês René Descartes, que morreu em 1650. Além de filósofo, o grande teórico racionalista era físico e matemático. Foi ele que desenvolveu o pensamento que ficou conhecido como o método cartesiano.

Mas, convivendo com essas ideias, havia uma corrente que se opunha àquela visão de mundo racional. Para ela mais valia o gosto pessoal do que a razão. Esse gosto podia ser traduzido para “fineza”, “delicadeza” e uma visão de mundo mais subjetiva. “Coeur e esprit eram as palavras de ordem dos salões literários que existiam por volta de 1720”, diz Friedlaender. Surgia “uma mentalidade artística, livre do peso da tradição acadêmica e moral”.

Mas tudo combinava com a alma francesa.

O refinamento e a elegância dos salões e da Corte de Paris ajudaram a desenvolver uma forma de pintura decorativa, de pintores como Watteau, Lancret, Pater, De Troy e outros. Mas nessas altas rodas aristocráticas, representando a burguesia, estavam sempre presentes os financistas. Os mesmos que mandam no mundo capitalista em crise de hoje.

Nas primeiras décadas do século XVIII houve um grande desenvolvimento das artes na França e muitos colecionavam pinturas. Era o tempo de Madame de Pompadour, amante do rei Luís XV e, em seguida, o tempo da rainha Maria Antonieta, a rainha fútil, que adorava moda e que foi guilhotinada pela Revolução Francesa.

Esse conflito de ideias que unia, de um lado, “a melodia jovial e espontânea” do povo francês e, do outro, a “predominante e persistente nota racional” fez com que se desenvolvesse a arte francesa. Aparentemente, diz Friedlaender, no meio dos artistas as discussões pareciam se resumir a questões técnicas e visuais: “desenho versus cor, placidez versus movimento, ação concentrada em poucas figuras versus dispersão das figuras”. Mas no fundo representavam a verdadeira luta de ideias entre disciplina e moral, de um lado, e, do outro, um certo amoralismo, rejeição a normas e irracionalismo subjetivo. Que evoluíram para as ideias defendidas mais tarde pelos Românticos.

No topo disso se desenvolveu a famosa inimizade entre dois grandes pintores franceses: Jean Auguste-Dominique Ingres (1780-1867) e Eugène Delacroix  (1798-1863). Ingres era neoclássico. Delacroix era romântico. Delacroix era colorista, Ingres encarnava a pintura linear e clássica. Conta-se que certa vez Ingres encontrou Delacroix em um salão e teria dito: “Tem cheiro de enxofre”…

Pois Friedlaender diz que a Pintura Linear no século XVIII encarnava “algo pleno de significado moral”. A pintura romântica, colorista era uma verdadeira “heresia” e até mesmo considerada uma “falha moral”.  Ingres era muito rígido em suas ideias. Delacroix também.

Era esse o nível dos debates ideológicos dentro da Pintura francesa do século pré e pós-revolucionário.

Mas bem antes deles, esses pensamentos se deixavam impregnar uns pelos outros. Friedlaender esclarece que o “mais subjetivo artista francês, tanto em seus aspectos técnicos, como de composição, deixou-se parcialmente subordinar pela razão e mesmo pela Academia”.

A visão mais subjetiva refletia-se no estilo mais livre nas artes, especialmente a partir dos primórdios do século XVIII. Artistas contrários ao pensamento racional dominante reagiam com uma pintura mais “colorista” e com pinturas de gênero. Mas havia muito de superficial na pintura do período que vai de Jean Antoine Watteau (1684-1721) – um dos criadores do estilo Rococó – a François Boucher (1703-1770).  No entanto, foi Jean-Honoré Fragonard (1732-1806) quem melhor representou a arte decorativa desse período.

Após 50 anos de predomínio do estilo Rococó, onde reinava um certo amoralismo na vida social, o pensamento racionalista retorna em meados do século XVIII com toda sua força, no movimento neoclássico. A ideia era resgatar a “norma dos antigos”, ressalta Friedlaender.

No entanto, o período de domínio da irracionalidade Rococó tinha deixado sua marca e o Neoclassicismo surgia considerando a Antiguidade de uma forma mais relativizada. Já não se buscavam as soluções formais do período clássico (Grécia e Roma), mas sim seus valores éticos. “O heróico, agora, se associava ao virtuoso”, enfatiza o autor alemão. O herói deveria agora possuir, além de força, “todas as virtudes humanas”.

E esses valores deveriam ser seguidos também pelos reis. O que Friedlaender chama de “classicismo ético” passou a ter um caráter “eminentemente político” que influenciou os debates da época e preparou o caminho da Revolução.

Em meio a essas ideias, surge Jacques Louis David (1748-1825), como o representante da pintura clássica por excelência. David atinge seu auge com a pintura “O Juramento dos Horácios” pintado em 1784. Ele seguia a regra – neopoussinista, no dizer de Freadlaender – de focar sua pintura no essencial: a Ação, retirando qualquer elemento que distraísse a atenção da cena principal do quadro. Mas David nunca teve uma atitude anticolorista, pois admirava demais o pintor flamengo Rubens. E também não se rendeu ao pensamento clássico. Teria dito: “A arte antiga não me seduzirá: falta-lhe ação, falta-lhe movimento”.  Estava apegado teoricamente ao passado, mas era homem do seu próprio tempo.

Envolvido totalmente com a Revolução Francesa de 1789, David pôs seu talento de pintor a serviço das causas revolucionárias, assim como foi fiel ao período napoleônico, declaradamente favorável a Napoleão Bonaparte. Mas na Revolução de 1789 alinhou-se aos jacobinos, a ala esquerda. Em 1793 apresentou o depois famoso quadro “Marat assassinado”, onde denunciava o assassinato do revolucionário e seu amigo Jean-Paul Marat.

Eugène Delacroix (1798-1863), que já nasceu numa França renovada pela Revolução, tomou outro caminho pictórico, mas também era plugado a seu tempo, até mesmo pelo romantismo que o inspirava.

Contemporâneo de Jean Auguste-Dominique Ingres, um abismo separava suas telas da deste grande pintor acadêmico. Seguidor da vertente artística aberta por Rubens, enquanto Ingres admirava Poussin, Delacroix voltava seus pinceis e tintas na direção que dava mais ênfase à cor e ao movimento. Friedlaender o posiciona no estilo do alto barroco.

Mesmo distante da pintura de Poussin, Delacroix se aproximava do seu antecessor e compatriota em termos do interesse pelo estudo da teoria “para tornar mais claras as próprias intenções”.  Ele escrevia sobre arte e até começou a escrever um Dicionário Filosófico de Belas-Artes, que não terminou.

Com apenas 24 anos de idade pintou seu primeiro grande quadro: “A barca de Dante”, inspirado no Infernoda Divina Comédia de Dante Alighieri. Friedlaender diz que o arranjo temático derivava diretamente da pintura “A barca da medusa” de Theodore Géricault, outro pintor francês da época, e amigo de Delacroix. Mais tarde o poeta Charles Baudelaire teria dito de Delacroix que ele “fut grand dès as jeunesse, dès sés premières productions” (foi grande desde a juventude, desde seus primeiros trabalhos).

Delacroix participou dos movimentos revolucionários de seu tempo ao pintar “A Liberdade guiando o povo às barricadas”. Diferentemente de Ingres, ele não se isolou de seu tempo e quando a Revolução de julho de 1830 estourou, ele não ficou indiferente. A mulher que representa a Liberdade em sua tela é uma mulher do povo, com o peito nu e os cabelos ao vento. Friedlaender observa a respeito dessa pintura: “De todas as obras de Delacroix, foi a única em que um conceito original e um verdadeiro sentimento contemporâneo se completaram de forma vigorosa”.

Dois pintores de escolas diferentes resumem todo o caudal de ideias que iam se gestando desde o século XVI e o começo do capitalismo mercantilista.

Na Itália, muito antes da França, essa mesma luta de ideias já se passara. O Renascimento italiano tinha trazido as ideias greco-romanas também para as artes e foi lá onde primeiro se deu a passagem de uma arte severa para uma mais livre e informal. Foi contra a rigidez estética clássica que se insurgiram pintores como Caravaggio, um dos maiores representantes da pintura do Barroco.

Naquele tempo, segundo o também estudioso de arte Heinrich Wölfflin, o Barroco não surgiu com uma teoria, mas logo causou diversos adjetivos, entre os quais “capriccioso” (bizarro, extravagante). Trazia em si o prazer pelo raro, queria ir além das regras. No começo era pesado, severo, contraído; com o tempo se torna mais leve, alegre. E ocupou cerca de 200 anos de história.

Foram as ideias barrocas de Caravaggio que o fizeram usar como modelos pessoas comuns, prostitutas, vagabundos. Num tempo em que a Igreja Católica era a dona do mundo e os artistas vendiam sua força de trabalho para produzirem a propaganda da Igreja, Caravaggio não foi diferente, não podia ser, ou morria de fome. Mas usava suas amigas e amantes como modelos para a Virgem Maria e para os santos. Como Delacroix usou uma mulher do povo para representar a força simbólica da Liberdade que o povo deveria conquistar na França revolucionária.

A Liberdade de Delacroix era uma mistura das ideias que vinham desde Caravaggio (e que tinham atingido também David), com os ideais clássicos: força, valentia, coragem, disposição de espírito. Esses ideais traziam da antiguidade a figura do Herói não somente como alguém que realizava grandes feitos, que possuía força muscular admirável. “Ele era, antes de mais nada alguém (…) cujo nobre corpo revestia alma resplandescente de virtude e cujas realizações podiam servir de exemplo como um ideal a ser atingido” (Friedlaender).

E esses aspectos foram enaltecidos pelo Romantismo dos séculos XVIII e XIX. Vem daí a ideia do revolucionário como o herói do povo. Vem daí a ideia do artista como aquele cara excêntrico. Dessa mistura de ideias que vicejavam na Europa a partir do século XVIII, especialmente pós-Revolução Francesa, foi que surgiu a Modernidade. Daí veio inspiração para todas as revoluções do século XX.
* Artista plástica (Atelier de Arte Realista de Maurício Takiguthi), designer gráfica. Graduação em Letras-USP. Membro da coordenação do Forum Mudar SP de Cultura e Educação.