Moda feminina pela internet

Fonte:  O POVO Online

Comprar vestuário pela internet não é comum, principalmente, em função da imprecisão no tamanho. Mas já é possível ter orientação de qual seria o melhor número a partir do fornecimento das medidas

Comprar roupa pela internet não traz muita simpatia do consumidor. É difícil acertar o tamanho adequado sem provar. Esse risco, porém, já está menor.

A rede de loja Marisa (www.marisa.com.br) desenvolveu uma ferramenta para simular o tamanho mais adequado ao comprador ou compradora. Além da medida, é possível simular combinações de peças de vestuário.

“A mulher moderna é multitarefa, está conectada e vê na web a oportunidade não só de aprender mais sobre moda, mas também de adquirir produtos”, explica Thiago Barros, Gerente de comércio eletrônico da Marisa. O alvo é o público feminino da chamada nova classe média, com idade entre 20 e 35 anos, diz.

Funciona assim. “Na ferramenta ‘monte seu look’, é utilizada uma técnica na qual o usuário gera conteúdos para ele próprio. Ao permitir que um cliente monte um visual, cria-se a possibilidade de entretenimento, compartilhamento e vendas, uma vez que todo o visual montado por alguém é passível de venda”, conta Barros.

Uma hora depois que a ferramenta foi colocada no ar - em um sábado, às 23 horas -, já haviam 22 looks montados. Por “motivos estratégicos”, a companhia não divulga números dos resultados via internet.

Há seis lojas da Marisa no Ceará, todas em Fortaleza. São mais de 290 lojas no Brasil inteiro, que recebem troca de produtos comprados pela web.

Competitividade
Inovar para atender ao consumidor é uma tendência do mercado. “As pessoas não têm mais tanto tempo para ficar esperando no local ou se deslocando. As empresas estão se adaptando a isso”, comenta Alice Mesquita, articuladora da unidade de atendimento integrado do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE).

Ela lembra que algumas montadoras de carros já ofereciam a possibilidade de escolher a cor e os opcionais do veículo pela internet. Também computadores podem ser montados, pedidos e pagos via digital.

“Os serviços que chegam até você é mais recente. A empresa não espera mais o cliente. Ela procura ir ao cliente, comenta Alice, que falou com O POVO após fazer exercício no próprio trabalho, por meio de uma academia que foi até ela.

“Os negócios estão cada vez mais competitivos. Mesmo as marcas mais conhecidas, é preciso se adaptar a isso. É um risco a empresa ter muito conservadorismo. Elas tem que perceber que os clientes são dinâmicos”, alerta a articuladora. (Andreh Jonathas)

E agora?
ENTENDA A NOTÍCIA
Crescimento dos serviços não presenciais é inevitável. Cliente cada vez mais exigente, força as empresas a ofertarem serviços que trazem comodidade. Ruim é ter uma uma sociedade tão cômoda que chega a ser preguiçosa.

LEGISLAÇÃO ATRASADA

O Brasil não possui uma legislação específica para compras não presenciais
Artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). “O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou em domicílio.

Parágrafo único – Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.”

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